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Grupo Lazarus utilizou brecha em carteira segura para executar hack de US$ 1,5 bilhão na Bybit

Foto: Dall-e 3
  • O Grupo Lazarus parece ter comprometido uma máquina de desenvolvedor do Safe
  • Os especialistas forenses e a Safe confirmaram que o hack não comprometeu a infraestrutura da Bybit
  • A Safe refez toda a sua infraestrutura, rotacionou todas as credenciais e adicionou novas camadas de segurança

A análise forense do hack de US$ 1,5 bilhão da Bybit revelou que a invasão ocorreu devido ao comprometimento de credenciais de um desenvolvedor da Safe (SafeWallet, antiga Gnosis Safe).

A investigação conduzida por especialistas em segurança cibernética confirmou que grupo Lazarus foi responsável pelo ataque. Como resultado. esse incidente se tornou o maior hack de criptomoedas da história, superando os ataques à Ronin Network (US$ 620 milhões em 2022) e à Poly Network (US$ 611 milhões em 2021).

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Grupo Lazarus: Método do ataque e brecha na SafeWallet

De acordo com um relatório da empresa de segurança Sygnia, os hackers exploraram uma vulnerabilidade no ambiente de desenvolvimento da SafeWallet. Além disso, a equipe descobriu que os invasores comprometeram as credenciais de um desenvolvedor, o que lhes permitiu inserir código malicioso na infraestrutura da Safe hospedada na AWS (Amazon Web Services).

O código injetado manipulava a interface da carteira da Bybit para autorização de transações. Com isso, enganando os assinantes e permitindo que os hackers desviassem os fundos para seus próprios endereços.

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“A equipe da Safe(Wallet) reconstruiu completamente, reconfigurou toda a infraestrutura e rotacionou todas as credenciais, garantindo que o vetor de ataque fosse totalmente eliminado”, disse o anúncio.

Esse tipo de ataque é conhecido como injeção de código em aplicações descentralizadas, e tem se tornado uma estratégia frequente de grupos avançados como o Lazarus.

A análise forense também revelou que os hackers restauraram os arquivos da SafeWallet poucos minutos após a execução do ataque, dificultando a detecção da invasão. Esse nível de sofisticação demonstra o planejamento cuidadoso do ataque, que levou semanas ou meses para sua execução.

Resposta da Safe e da Bybit ao maior hack da história

Após a descoberta da vulnerabilidade, a Safe refez toda a sua infraestrutura, rotacionou todas as credenciais e adicionou novas camadas de segurança para evitar futuros ataques. No entanto, especialistas ainda questionam se outros usuários da SafeWallet podem ter sido afetados.

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A Bybit, por sua vez, garantiu que já reembolsou integralmente os clientes afetados, utilizando suas reservas de emergência para cobrir as perdas. Para manter a liquidez e continuar operando sem interrupções, a exchange pegou um empréstimo emergencial de 40.000 ETH da Bitget, que já foi integralmente pago.

Apesar da rápida resposta, o ataque impactou a confiança do mercado e contribuiu para a recente queda no preço do Ethereum e do Bitcoin. Por fim, o caso reforça a necessidade de práticas de segurança mais rigorosas em carteiras digitais e serviços financeiros baseados em blockchain.

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Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
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