Ilya Lichtenstein, o hacker responsável pelo roubo de bilhões em Bitcoin da exchange Bitfinex em 2016, foi condenado a cinco anos de prisão. A sentença foi proferida pela juíza Colleen Kollar-Kotelly em um tribunal distrital de Washington, D.C., no dia 14 de novembro.
Lichtenstein se declarou culpado em agosto de 2023 por conspiração para cometer lavagem de dinheiro e recebeu também uma pena de três anos de liberdade supervisionada após cumprir a prisão.
Embora enfrentasse uma pena máxima de 20 anos, a recomendação dos promotores foi reduzida para cinco anos, devido à sua ausência de histórico criminal e colaboração substancial em outras investigações. Do total de 119.754 BTC roubados, ele conseguiu lavar 25.111 BTC, atualmente avaliados em mais de US$ 10 bilhões.
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A conexão com Heather Morgan
Heather Morgan, esposa de Lichtenstein e conhecida pelo alter ego de rapper ‘Razzlekhan’, também admitiu participação no esquema de lavagem de dinheiro. Ela será sentenciada em 18 de novembro e pode pegar até 10 anos de prisão.
Os promotores sugeriram uma pena mais leve de 18 meses, argumentando que ela desempenhou um papel secundário e que ajudou nas investigações.
Morgan alegou ter descoberto a origem dos Bitcoins apenas três anos após o roubo, quando Lichtenstein confessou ser o hacker. Ela então passou a auxiliá-lo na lavagem dos fundos, disfarçando suas conexões com o ataque à Bitfinex.
Impacto jurídico e histórico do caso
O roubo foi, na época, o maior caso de confisco de ativos da história do Departamento de Justiça dos EUA. A colaboração de Lichtenstein e Morgan foi um ponto crucial para reduzir suas sentenças, mas a gravidade do caso permanece um marco no mundo das criptomoedas.
O incidente destaca a vulnerabilidade de exchanges centralizadas e reforça a necessidade de melhorias na segurança e regulação do setor.