Hacker da Coinbase usa THORChain para lavar milhões e ironiza investigador

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Imagem: Dall-e
  • Hacker vinculado ao ataque de phishing contra usuários da Coinbase transferiu aproximadamente US$ 42,5 milhões utilizando a rede descentralizada THORChain
  • Logo após a transação, ele escreveu “L bozo” no campo de entrada da transação Ethereum, anexando um vídeo meme do ex-jogador James Worthy fumando charuto
  • O invasor aproveitou os recursos do THORChain para converter Bitcoin em Ethereum, dificultando o rastreamento

Em maio de 2025, um hacker vinculado ao ataque de phishing contra usuários da Coinbase transferiu aproximadamente US$ 42,5 milhões utilizando a rede descentralizada THORChain. Após a movimentação, ele publicou uma mensagem provocativa direcionada a ZachXBT, conhecido investigador de atividades ilícitas em blockchain. O caso reacendeu o debate sobre o uso de protocolos descentralizados para lavar fundos e evitar rastreamento.

Conversão de fundos e deboche público atraem atenção do setor cripto

O invasor aproveitou os recursos do THORChain para converter Bitcoin em Ethereum, dificultando o rastreamento. Logo após a transação, ele escreveu “L bozo” no campo de entrada da transação Ethereum, anexando ainda um vídeo meme do ex-jogador James Worthy fumando charuto. A comunidade cripto interpretou essa ação como um deboche direto contra ZachXBT.

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ZachXBT já havia identificado o endereço relacionado ao roubo de dados da Coinbase, ocorrido em dezembro de 2024. O ataque comprometeu informações de cerca de 69.400 clientes. De acordo com a empresa de segurança PeckShield, o hacker trocou 8.697 ETH por 22 milhões de DAI e transferiu mais 9.081 ETH para outro endereço, que converteu o valor em 23 milhões de DAI.

A Coinbase recusou-se a pagar o resgate de US$ 20 milhões exigido pelo invasor. Em contrapartida, ofereceu uma recompensa de mesmo valor a quem fornecesse dados que levassem à prisão do criminoso. A ação direta da empresa refletiu sua estratégia de não ceder à pressão de hackers.

THORChain enfrenta críticas por facilitar operações de origem suspeita

O uso do THORChain para movimentações dessa magnitude reacendeu críticas ao protocolo. Por permitir trocas entre blockchains sem custódia centralizada, a plataforma atrai usuários que desejam evitar vigilância. Isso inclui agentes mal-intencionados. O histórico do THORChain inclui operações de grupos como o Lazarus, ligado à Coreia do Norte.

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No ano anterior, um desenvolvedor da rede, conhecido como Pluto, renunciou logo após a comunidade reverter uma votação que impediria transações relacionadas ao Lazarus. O episódio atual mostra como criminosos digitais continuam explorando brechas em sistemas descentralizados para fugir do rastreamento. Portanto, o setor precisa intensificar os esforços por equilíbrio entre liberdade tecnológica e responsabilidade legal.

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Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
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