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Hackers da Bybit tornam US$ 280 milhões irrecuperáveis enquanto autoridades tentam rastrear US$ 1 bilhão

Foto: Dall-e 3
  • Hackers da Bybit lavam US$ 280 milhões enquanto autoridades tentam recuperar US$ 1 bilhão roubado
  • O CEO da Bybit, Ben Zhou, disse que 20% dos US$ 1,4 bilhão de fundos roubados de sua exchange “desapareceram”
  • Zhou deu um prazo de duas semanas para congelar o que estiver disponível do roubo de US$ 1,4 bilhão em criptomoedas

O hack à exchange Bybit, ocorrido em 21 de fevereiro de 2025, continua movimentando o setor cripto. O CEO da empresa, Ben Zhou, revelou que US$ 280 milhões dos US$ 1,4 bilhão roubados foram lavados e se tornaram irrecuperáveis. No entanto, cerca de US$ 1,07 bilhão ainda pode ser rastreado, e esforços continuam para congelar os fundos remanescentes.

Em princípio, as investigações apontam que os hackers, possivelmente ligados ao grupo Lazarus da Coreia do Norte, converteram grande parte dos ativos roubados em Bitcoin (BTC). Para isso, usaram plataformas descentralizadas como THORChain e OKX Web3 Proxy, dificultando a recuperação.

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Rastreamento e estratégia de recuperação dos fundos

Até o momento, cerca de US$ 42 milhões foram congelados, representando 3% do total roubado. As autoridades trabalham contra o tempo, já que os próximos dias são cruciais para impedir que os hackers concluam a lavagem do dinheiro.

Zhou identificou 11.000 carteiras de criptomoedas como associadas ao ataque, e os fundos estão sendo espalhados entre milhares de endereços para evitar rastreamento. O esquema inclui o uso de trocas não KYC, dificultando inclusive a identificação dos criminosos.

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A Bybit contratou a empresa de segurança ZeroShadow para realizar análises forenses e maximizar a recuperação dos fundos. Além disso, caçadores de recompensas receberam US$ 2,1 milhões por ajudarem na localização e congelamento de ativos.

Impacto do hack da Bybit e resposta do mercado

O hack da Bybit foi o maior ataque a uma exchange centralizada na história, aumentando preocupações sobre segurança no setor cripto. O uso da THORChain para converter os fundos chamou atenção, pois 72% dos ETH roubados mudaram para Bitcoin na plataforma.

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A situação gerou debates dentro da comunidade cripto sobre a responsabilidade de projetos descentralizados bloquearem atividades ilícitas. O membro da equipe da THORChain, TCB, renunciou ao cargo alegando que a rede estava sendo usada para lavagem de dinheiro por hackers norte-coreanos.

Enquanto isso, a Chainflip, outra DEX cross-chain, decidiu interromper transações após detectar movimentações suspeitas dos hackers da Bybit, implementando novas medidas de segurança.

O mercado agora aguarda para ver se mais fundos poderão ter recuperação ou se os hackers conseguirão escapar com o restante dos ativos roubados.

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Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
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