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HSBC encerra conta usada para apoiar manifestantes em Hong Kong

Por Bruna Grybogi

Hong Kong tem sido palco de uma série de manifestações desde março. Entre outras coisas, os manifestantes exigem a retirada completa do projeto de lei de extradição e a libertação e exoneração de manifestantes presos.

No início da semana, uma conta bancária do HSBC que era usada para apoiar os manifestantes, foi encerrada após o banco descobrir que as atividades declaradas não correspondiam com os objetivos reais.

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A conta, criada pela The Prime Management Service Ltd., era usada para coletar doações para uma ONG chamada Spark Alliance HK, que usava dessas doações para cobrir despesas médicas e legais, além de fornecer outros tipos de ajudas aos manifestantes.

Segundo uma fonte do próprio banco, o motivo de encerramento da conta foi que captação de recursos não foi declarada no processo de abertura.

O HSBC afirmou que revisa regularmente as contas de seus clientes, e que “se detectarmos atividades diferentes da finalidade declarada da conta ou informações ausentes, revisaremos proativamente todas as atividades, o que também pode resultar no fechamento da conta”, segundo um porta-voz da instituição, que se recusou a comentar casos específicos.

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A Autoridade Monetária de Hong Kong, o Banco Central do país, corroborou com a decisão do HSBC, afirmando que os bancos comerciais são obrigados a avaliar riscos e tomar medidas apropriadas em relação à atividades da conta.

A ação do HSBC ocorreu somente após o Presidente da China, Xi Jinping, afirmar que qualquer tentativa de dividir seu país “terminarão em corpos esmagados e ossos quebrados”, como lembrou Joshua Wong, um dos líderes das manifestações pró-democracia. Em seu twitter, o ativista que já foi preso duas vezes, afirmou estar desapontado com a decisão do HSBC, e pediu que o banco reavalie sua posição “pois agora [o banco] está colocando em risco os guerreiros da liberdade”.

Desde o início dos protestos, os manifestantes preocupados em manter o anonimato tem optado por usar o Bitcoin, que também é usado como forma de protesto ao deixarem de usar o sistema financeiro do país. A medida que as tensões aumentaram, as lojas começaram a aceitar criptomoedas, que são convertidas em dólares de Hong Kong em tempo real no próprio caixa.

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