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Indeal: Empresa brasileira que aplicou golpe de pirâmide financeira pede falência

Por Jorge Siufi
Foto: Unsplash

A empresa de investimentos brasileira, Indeal, entrou com pedido de falência após anos de processo por cometer crimes financeiros.

O Departamento de Justiça Federal de Porto Alegre recebeu o despacho com o comunicado de falência, e para que tomasse demais providências.

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A empresa é acusada de formação de esquema de pirâmide, sonegação, desvio de dinheiro de clientes, entre outros crimes de ordem financeira.

À época a Indeal lesou cerca de 23 mil clientes, com prejuízo total estimados em mais de R$ 1,1 bilhão.

Indeal decreta falência

Com a homologação do pedido de falência os bens apreendidos da Indeal deverão ser enviados para a cidade sede da empresa, na comarca de Novo Hamburgo.

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A Justiça Federal apreendeu ativos financeiros e veículos da empresa e de seus sócios, além de apreender registros de imóveis.

No despacho também estão vedados os novo pedidos de penhora de bens, ativos financeiros e demais informações sobre os réus do processo.

O esquema de pirâmide financeira

A Indeal aplicou crimes de pirâmide financeira com criptoativos entre os anos de 2017 a 2019.

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A empresa prometia a seus clientes rendimento de 15% de juros mensais para aplicações em Bitcoin.

Em maio de 2019 a Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Egypto’, a qual possuía diversos alvos.

Em uma das fases da operação, conhecida como Vita Continuat, a polícia chegou a prender 19 pessoas ligadas à Indeal.

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Dentre os presos pela Polícia Federal estavam os sócios da empresa, Ângelo Ventura da Silva, Francisco Daniel Lima de Freitas, e Régis Lippert Fernandes.

Os sócios da Indeal foram presos duas vezes, entretanto, a Justiça Federal concedeu liminares de soltura em ambos os casos.

Assim, os réus aguardam o processo em liberdade desde setembro de 2021.

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Demais decisões judiciais

Em fevereiro do ano passado o Superior Tribunal de Justiça negou pedido para que a ação penal contra os sócios e a empresa fosse suspensa.

Isto porque a empresa estava respondendo a um julgamento administrativo pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em julho do ano passado o Ministério Público Federal pediu a condenação de 15 réus do caso Indeal.

As condenações ocorreram pelos crimes de formação de organização criminosa, operação de instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, evasão de divisas, e apropriação e desvio indevido de valores.

Inclusive o Departamento de Justiça norte-americano atuou no caso e ajudou a bloquear cerca de R$ 140 milhões da empresa em criptoativos.

Além disso a Polícia Federal também apreendeu 170 imóveis do grupo contabilizados em cerca de R$ 80 milhões, entre outros fundos da empresa.

Por fim, agora a Polícia Federal está deflagrando a terceira fase da Operação Egypto, chamada de Fractais, onde buscam identificar, localizar, e apreender demais fundos e posses dos réus e da empresa.

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Redator da Revista Bitnotícias
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