Indicativa de curva de rendimento: crise ou oportunidade?

Por Bruna Grybogi

Daniel Lacalle, economista-chefe da empresa de investimentos Tressis, com sede em Madri, postou, no último dia 16 de agosto, em seu Twitter um gráfico que aponta que pouco mais de cinquenta por cento dos países têm uma curva invertida de rendimento.

A curva é atribuída para verificar a taxa de crescimento dos países, quando há uma inversão na curva, tende-se a ser um indício de que haverá uma recessão global.

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Curva de rendimento é um indicativo ruim?

A curva de rendimento invertida é como se fosse uma alma penada na economia. Ela pressupõe que as ordens das coisas se invertam, neste caso em específico, as taxas de juros de curto prazo ficam acima das de longo prazo.

O Professor, Marshal E. Blume, comentou o assunto, “creio que, às vezes, é presságio de recessão; outras vezes, não”. Marshal prossegue, “todos os prognósticos são bastante favoráveis. Não há realmente excessos de espécie alguma na economia no atual momento; e, em geral, pensa-se em recessão como um tipo de tônico econômico para purgação dos excessos”.

Geralmente, há a expectativa de que títulos de longo prazo tenham rendimentos superiores ao de curto prazo, em razão do risco que se assume segurando o título por mais tempo.

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Sendo assim, menos tempo com o título significara uma menor alteração na economia, consequentemente, a taxa de juros paga será menor, devido ao baixo risco.

Essa tendência é chamada de curva de rendimento, e ela se mantém de forma padrão.

Curvas invertidas e foco nos mercados

Quando o mercado vê uma perspectiva que a curva se altere, todos os setores e vários países tendem a tentar contornar a situação.

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Uma curva de rendimento invertida indica que os títulos de curto prazo, então pagando juros maiores dos que os de longo prazo. Sendo assim, há uma demandada de títulos de longo prazo, pois o investidor não vê perspectiva de ganho maior em longo prazo. Não há razão para correr um risco de a economia sofrer alterações drásticas, e receber menos nesse longo prazo.

Curvas invertidas demais e previsão de recessões

O motivo pela qual as curvas invertidas estão atreladas, frequentemente, a recessões é que a taxa de juros baixa indicam que a economia está desacelerando. Ou seja, as entidades que controlam a taxa de juros, reduzem-nas com o intuito de haver um estimulo para as pessoas emprestarem mais dinheiro para investir em seus negócios ou em outros empreendimentos, o que gera um estímulo na economia.

Oportunidades nas recessões 

A recessão que vem apontando através dos gráficos de curva invertidas, também apontam que oportunidades poderão aparecer ao investidor.

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Seja o investidor de títulos, que poderá comprar títulos com juros maiores, o de bolsa de valores que terá desconto na compra de ações, ou mesmo o de Bitcoin que terá o seu preço valorizado frente a desvalorização das moedas correntes. A crise e as recessões, criam no mercado uma série de fatores que poderão criar valores assim que forem superadas.

É como aponta Tiago Reis, CEO da Suno Research, “neste momento, a gente começa a ter muitas oportunidades interessantes no mercado acionário que eu não via há bastante tempo”. Empresas na bolsa veem seu preço médio cair, porém as empresas continuam a gerar uma forte tendência de caixa, compra de players mais fracos e fortalecimento do market share.

Para o investidor, Henrique Bredda, que possui o maior fundo de investimento em ações do Brasil, Alask Black Investimento, postou em seu twitter, “a volatilidade e crises costumam moer investidores, nunca se esqueça que o mercado nunca cai forte. Motivo leve não faz os preços baixarem forte.” Ou seja, geralmente motivos fortes fazem preços de ativos despencarem, criando uma oportunidade para que investimento passem a serem extremamente rentáveis quando a economia se recuperar.

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