Jaime Lizárraga, um dos comissários da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), anunciou sua saída do cargo, prevista para 17 de janeiro de 2025.
A decisão ocorre logo após a renúncia de Gary Gensler, atual presidente da agência, sinalizando uma reestruturação significativa na liderança da SEC em um momento crítico para o setor financeiro e de ativos digitais.
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Carreira de Lizárraga e contribuições à SEC
Lizárraga ingressou na SEC nos anos 1990, onde começou como diretor adjunto de assuntos legislativos. Posteriormente, desempenhou um papel influente como conselheiro sênior da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, entre 2011 e 2022, colaborando na formulação de marcos legislativos como a Lei de Reforma de Wall Street e Proteção ao Consumidor Dodd-Frank.
Durante seu mandato como comissário, Lizárraga esteve envolvido em regulamentações importantes, incluindo a divulgação de riscos relacionados ao clima e questões de segurança cibernética.
No entanto, sua decisão de renunciar foi motivada por razões pessoais, incluindo o desejo de dedicar mais tempo à família, especialmente à sua esposa, que enfrenta problemas de saúde.
Impacto na SEC e no cenário regulatório
A saída de Lizárraga, junto com a de Gensler, enfraquece a presença democrata na SEC em meio à transição de governo nos Estados Unidos. A posse do presidente eleito Donald Trump no início de 2025 pode sinalizar uma mudança de direção na abordagem da agência, especialmente em relação ao setor de criptomoedas.
Sob a liderança de Gensler, a SEC adotou uma postura rigorosa em relação às criptomoedas, incluindo ações legais contra grandes players como Coinbase e Binance.
Com uma nova administração e possíveis mudanças na liderança da SEC, espera-se que o ambiente regulatório para ativos digitais nos Estados Unidos se torne mais receptivo, refletindo uma postura pró-cripto defendida por Trump durante sua campanha presidencial.
Essas mudanças colocam a SEC em um momento decisivo, onde novas lideranças terão a oportunidade de redefinir prioridades regulatórias e estabelecer um equilíbrio entre supervisão rigorosa e fomento à inovação financeira.