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Justiça dos EUA escolhe empresa que vai monitorar a Binance por três anos

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

De acordo com o mais recente relatório, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) concedeu à empresa de consultoria Forensic Risk Alliance (FRA) a responsabilidade de monitorar a Binance por três anos. Essa nomeação faz parte do acordo de delação da exchange com o Departamento de Justiça no ano passado.

Em novembro de 2023, a Binance fechou um acordo com o DOJ relacionado a violações de lavagem de dinheiro, concordando em pagar US$ 4,3 bilhões em multas e nomear um monitor independente de conformidade. O co-fundador da empresa, Changpeng “CZ” Zhao, também concordou em renunciar ao cargo de CEO como parte do acordo e foi recentemente condenado a quatro meses de prisão.

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Citando fontes anônimas, a Bloomberg recentemente relatou que a Forensic Risk Alliance foi escolhida em detrimento do escritório de advocacia de Wall Street, Sullivan & Cromwell, para atuar como monitor independente da Binance Holdings Ltd. Um monitor é encarregado de avaliar as práticas de uma empresa para eliminar condutas inadequadas e estabelecer um programa eficaz de ética e conformidade.

Portanto, se houver veracidade nas últimas revelações, a FRA, com sede em Londres, provavelmente terá acesso aos registros e documentos internos da Binance, garantindo que a exchange cumpra o acordo de delação ao longo de três anos.

Binance

Segundo o relatório, a Sullivan & Cromwell (S&C), com sede em Nova York, estava entre os principais candidatos para o papel de monitor. No entanto, parece que a controvérsia em torno do escritório de advocacia, relacionada ao seu trabalho para a extinta exchange FTX, pode ter influenciado a decisão do DOJ de optar pela FRA.

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Como o Bitcoinist relatou em fevereiro, credores da FTX moveram uma ação coletiva contra a Sullivan & Cromwell, acusando o escritório de advocacia de ser cúmplice no colapso da exchange. A nova administração da FTX sempre defendeu a S&C, destacando seus esforços de recuperação para a empresa.

Em 8 de maio, a FTX anunciou que seus clientes seriam totalmente reembolsados por suas perdas devido ao colapso.

Além dos Estados Unidos, a Binance tem enfrentado pressão significativa de órgãos reguladores em outros países. Recentemente, a maior exchange de criptomoedas do mundo foi multada em US$ 4,4 milhões (C$ 6 milhões) pelo regulador financeiro do Canadá, FINTRAC.

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O FINTRAC acusou a Binance de não cumprir as proteções contra lavagem de dinheiro. Conforme relatado pelo Bitcoinist, a empresa deixou de se registrar junto ao regulador financeiro canadense e de reportar transações de moeda virtual de grande porte.

Enquanto os problemas regulatórios da Binance continuam a aumentar, a exchange mantém seu compromisso de aumentar a conformidade. O recente estabelecimento do primeiro conselho de administração da empresa parece ser um passo nessa direção.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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