A Mango Markets, exchange descentralizada baseada na blockchain Solana, anunciou que encerrará suas operações a partir de 13 de janeiro de 2025.
A decisão segue um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que inclui a destruição de seus tokens de governança MNGO e o pedido de remoção desses ativos de exchanges.
Histórico de controvérsias e envolvimento da SEC
Mango Markets will be shutting down
It is time for users to close their positionsMango v4 & Boost are winding down. Most borrowing on Mango will be economically unviable going forward
Proposals are live & become executable on January 13, Monday 8PM UTC
Details below⬇️
— Mango (@mangomarkets) January 11, 2025
A Mango Markets enfrentou uma série de problemas legais desde seu lançamento em 2021. Em outubro de 2022, um ataque orquestrado pelo trader Avraham ‘Avi’ Eisenberg drenou US$ 110 milhões da plataforma, explorando vulnerabilidades no protocolo.
Apesar de Eisenberg ter devolvido parte dos fundos, ele foi preso e enfrenta acusações de fraude e manipulação de mercado. Além disso, em 2024, a SEC acusou a Mango DAO de venda de ativos digitais não registrados e atuação como corretora sem licença.
O acordo resultou em uma multa de US$ 700.000 e a decisão de encerrar a utilização do token MNGO. A plataforma também enfrentou disputas internas entre membros da DAO, envolvendo tokens bloqueados adquiridos do espólio da FTX.
Impactos e decisão de encerramento
Com a perda de suporte regulatório e o declínio em sua base de usuários, a Mango Markets viu seu valor total bloqueado cair de US$ 210 milhões em 2021 para apenas US$ 9 milhões em 2025. A DAO da Mango aprovou, por unanimidade, propostas para ajustar taxas de juros e requisitos de colateral, tornando empréstimos e negociações inviáveis economicamente.
Os cofundadores da Mango Markets, incluindo Maximilian Schneider, expressaram em discussões internas o desejo de encerrar as operações, citando a falta de perspectivas viáveis para o futuro da plataforma. O encerramento reflete a crescente pressão regulatória sobre projetos descentralizados e a importância de estruturas robustas de governança no setor DeFi.
O caso da Mango Markets ressalta os desafios enfrentados por projetos de finanças descentralizadas em um ambiente de maior fiscalização e a necessidade de adaptação às exigências regulatórias para garantir a continuidade no mercado global.