- Os ETFs de Bitcoin à vista registraram US$ 536 milhões em saídas líquidas diárias na quinta-feira
 - 8 dos 12 ETFs de Bitcoin registraram saídas, lideradas pela saída de US$ 275,15 milhões do ARKB, da Ark & 21Shares
 - Os ETFs de Ethereum à vista também relataram US$ 56,8 milhões em saídas líquidas
 
O mercado de ETFs de Bitcoin à vista viveu um dos momentos mais turbulentos do ano. Recentemente, investidores retiraram US$ 536,1 milhões desses fundos em apenas um único dia. Esse volume representa a maior saída líquida desde 15 de agosto. Como resultado, analistas apontam que o movimento sinaliza uma mudança significativa no comportamento dos investidores institucionais. Embora o mercado já apresentasse sinais de exaustão, a retirada surpreendeu pela intensidade.
Enquanto alguns fundos lideram resgates, nenhum apresenta entradas
Entre os ETFs impactados, o ARKB, da ARK Invest e 21Shares, foi o que mais sofreu. Ao todo, o fundo registrou uma saída de US$ 275,15 milhões. Logo depois, o FBTC, da Fidelity, viu US$ 131,95 milhões deixarem suas posições. Em terceiro lugar, o GBTC, da Grayscale, teve US$ 44,49 milhões em resgates.
Além desses, até mesmo o IBIT, da BlackRock, que vinha mantendo desempenho positivo, também foi afetado. Nesse caso, os resgates chegaram a US$ 29,24 milhões. Conforme indicam os dados da SoSoValue, nenhum dos doze ETFs de Bitcoin à vista listados nos Estados Unidos obteve entrada líquida nesse dia.
Portanto, o cenário aponta uma reversão de fluxo preocupante. Ao mesmo tempo, outros ativos de risco passaram a sofrer com o aumento da volatilidade. Esse comportamento pode estar ligado à elevação dos rendimentos dos títulos de longo prazo e às crescentes tensões geopolíticas.
Ao passo que o bitcoin recua, Ethereum também sofre pressão
A retração dos ETFs de bitcoin não ocorreu de forma isolada. Paralelamente, os ETFs de Ethereum também enfrentaram fortes saídas. No total, os fundos de ETH registraram US$ 56,8 milhões em resgates. Contudo, o ETHA, da BlackRock, destoou ao apresentar entrada líquida, sendo o único entre os pares a não seguir a tendência negativa.
Ainda que o movimento pareça abrupto, analistas veem essa correção como parte de um ciclo saudável. Segundo especialistas, o excesso de otimismo havia distorcido expectativas. Dessa forma, a atual fase pode representar uma reorganização do mercado.
Além disso, a retirada pode abrir espaço para entradas mais estratégicas nos próximos meses. Portanto, investidores devem se manter atentos aos sinais macroeconômicos e ao comportamento dos fluxos institucionais. Afinal, essas dinâmicas definem o fôlego do próximo ciclo de valorização.
