Metaplanet planeja emissão de US$ 3,7 bilhões para acumular 210.000 BTC até 2027

• A Metaplanet entrou com um pedido para emitir até US$ 3,7 bilhões em novas ações preferenciais perpétuas
• A empresa já acumulou 17.132 BTC a preço médio de US$ 100.504, o que representa quase 430% de valorização em 12 meses
• A emissão inicial registrou forte demanda institucional, com os primeiros 10% das ações arrecadando US$ 515 milhões no primeiro dia

A Metaplanet Inc., listada em Tóquio, apresentou proposta para emitir até US$ 3,7 bilhões em ações preferenciais perpétuas. A ideia busca acelerar sua reserva de Bitcoin, que já ultrapassou 17.132 BTC, com objetivo de atingir 210.000 BTC até o final de 2027. A emissão está condicionada à aprovação dos acionistas em assembleia extraordinária prevista para setembro. Em paralelo, a companhia garantiu que os recursos serão usados exclusivamente para compras de BTC, sem afetar operações correntes da holding Neblio.

Estrutura da emissão alinha retorno a governança e demanda institucional

A primeira tranche já captou US$ 515 milhões, equivalente a 10% do montante total. Assim, o interesse institucional se tornou evidente, sobretudo pela segurança dos dividendos da Classe A, fixos em até 6%, e da conversão opcional da Classe B em ações ordinárias.

Além disso, os investidores ganham transparência por meio de métricas claras e regras definidas. Dessa forma, a operação equilibra retorno e controle dos acionistas.

Enquanto isso, a estratégia reforça o posicionamento da Metaplanet como maior tesouraria corporativa de Bitcoin fora dos EUA. Até julho de 2025, a empresa já acumulou 17.132 BTC a preço médio de US$ 100.504 por unidade, o que representa quase 430% de valorização em 12 meses. Logo, a empresa se posiciona como exemplo de acumulação institucional rigorosa.

Visão de longo prazo e sinergia com ativos estratégicos

Por outro lado, a Metaplanet planeja usar os fundos para estruturar aquisições estratégicas, incluindo bancos digitais no Japão, usando o BTC como colateral. Além disso, o CEO Simon Gerovich já declarou que não venderá suas reservas de BTC, preferindo captações via ações preferenciais. Também, analistas alertam para os riscos de valorização excessiva das ações, embora a estrutura de emissão perpétua mitigue diluição. Ainda assim, a empresa mantém foco em crescimento sustentável.

Isso tudo ocorre em um cenário de expansão cripto em mercados tradicionais. Por exemplo, a valorização das ações da Metaplanet saltou 345% no ano, refletindo forte otimismo institucional. Ademais, o modelo de tesouraria cripto em grande escala reafirma a confiança no BTC como ativo de reserva. Por fim, a Metaplanet segue como referência na arquitetura de tesouraria digital no cenário asiático.