- Heranças automáticas trazem segurança inédita ao ecossistema Bitcoin.
- Nunchuk 2.0 reforça autonomia com miniscript e timelocks avançados.
- Carteira adiciona multisig, NFC e criptografia ponta a ponta.
A chegada da versão 2.0 da carteira Nunchuk marca um passo decisivo para o ecossistema Bitcoin. A atualização apresenta uma função inédita e muito esperada: heranças automáticas, um mecanismo que permite indicar herdeiros e garantir a transferência dos fundos mesmo em situações extremas. A empresa afirma que esta é a primeira solução do tipo construída totalmente on-chain, projetada para funcionar mesmo se a própria desenvolvedora deixar de existir.
A novidade surge para solucionar uma questão antiga. Milhões de bitcoins permanecem inacessíveis devido à morte ou perda das chaves de seus donos. Agora, o Nunchuk oferece um sistema que ativa uma transferência automática caso o usuário deixe de interagir com a carteira por um período pré-definido. Assim, os fundos seguem para endereços indicados como herdeiros, reduzindo o risco de perdas irreversíveis.
O recurso se apoia em duas tecnologias nativas do Bitcoin. A primeira é o miniscript, uma linguagem que organiza regras de gasto de forma flexível e segura. A segunda é o timelock, que estabelece limites de tempo que precisam ser cumpridos para validar uma transação. Ao combinar essas ferramentas, o Nunchuk consegue programar automaticamente o destino dos fundos, criando um sistema de herança completamente autônomo.
A empresa divulgou que o serviço exige uma taxa de US$ 480, valor necessário para acessar a função de herança. Desse modo, mesmo com o preço, a solução rapidamente chamou atenção pela proposta inovadora, já que nenhum outro provedor de carteira havia conseguido integrar herança de forma totalmente descentralizada.
Assim, o fundador, conhecido no X como Hugomofn, afirmou que o objetivo é garantir a sobrevivência do sistema independentemente da empresa responsável.
Carteira de Bitcoin
Além da função de herança, o Nunchuk 2.0 também traz outras melhorias importantes. A carteira passa a oferecer suporte para múltiplas assinaturas e múltiplos usuários, permitindo que várias pessoas controlem os mesmos fundos de forma conjunta. Esse modelo exige mais de uma chave privada para liberar transações, aumentando significativamente a segurança.
Outro recurso novo é a assinatura por NFC, que permite confirmar transações apenas ao aproximar dispositivos compatíveis, como o cartão TAPSIGNER. A ideia é facilitar processos e substituir etapas mais complexas por ações rápidas, sem comprometer a proteção dos ativos.
Além disso, a carteira também implementou sua própria criptografia de ponta a ponta, garantindo que os dados sejam protegidos desde o dispositivo do usuário até o destino final. Com isso, nenhuma informação trafega em texto simples pelos servidores intermediários. A empresa destacou que escolheu desenvolver sua própria solução e descartou alternativas externas como o Matrix.
Assim, a versão 2.0 do Nunchuk se apresenta, portanto, como um marco importante para a autonomia e segurança no uso do Bitcoin. Além disso, ao introduzir heranças programadas, múltiplas assinaturas, assinaturas NFC e criptografia avançada, a carteira redefine o que usuários podem esperar de uma ferramenta voltada exclusivamente para o BTC.
