- Trump e Xi reacendem esperanças de trégua comercial duradoura
- Mercados globais aguardam avanço nas negociações entre EUA e China
- Investidores veem possível recuperação com corte de juros e acordo
As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China começam a mostrar sinais de alívio após uma série de reuniões econômicas de alto nível em Kuala Lumpur. O clima entre as delegações foi descrito como “construtivo”, e há uma crescente expectativa de que a próxima fase de diálogo entre as duas maiores economias do mundo possa reacender o otimismo dos mercados globais.
No sábado, representantes dos dois países discutiram comércio e tecnologia, tentando reduzir tensões acumuladas após meses de tarifas e retaliações econômicas mútuas. As conversas, segundo fontes diplomáticas, avançaram em temas sensíveis, como exportações agrícolas, controle de tecnologia e comércio de terras raras, insumos essenciais para a indústria de semicondutores e veículos elétricos.
Trump e Xi preparam terreno para encontro decisivo
O encontro entre Donald Trump e Xi Jinping está marcado para a próxima quinta-feira, durante a cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na Coreia do Sul. Segundo a Casa Branca, será a primeira reunião presencial desde o retorno de Trump ao poder, e as expectativas são altas.
Em entrevista à Bloomberg, Trump afirmou que “ambos os lados precisarão fazer concessões”. O presidente americano indicou estar disposto a suspender tarifas sobre produtos chineses caso Xi concorde em retomar a compra de soja dos EUA e reprimir o tráfico de fentanil, um dos temas mais sensíveis para Washington.
Nos bastidores, assessores de Trump consideram que a negociação pode gerar um efeito de recuperação global se resultar em uma trégua duradoura. O mercado financeiro reagiu com otimismo moderado, e o dólar apresentou leve queda frente ao yuan, sinalizando melhora nas expectativas de curto prazo.
Mercados atentos aos próximos passos
Analistas afirmam que, embora um acordo comercial pareça possível, a falta de compromisso firme ainda preocupa. A atual trégua, que expira em 10 de novembro, pode ser prorrogada, mas qualquer deslize pode reacender as tensões.
Especialistas apontam que exportações de tecnologia e terras raras são os principais pontos de conflito. Ao reforçar o controle dos materiais, a China desafia as cadeias ocidentais, enquanto os EUA exigem abertura comercial e equilíbrio tarifário urgente.
Nos mercados, o investidor Ted Pillows destacou que o último relatório do IPC atendeu às expectativas, impulsionando as bolsas. Contudo, as criptomoedas seguem em queda, mesmo diante do alívio nas ações.
Com 98% de probabilidade de corte na taxa de juros americana, o cenário indica que os investidores já precificaram as medidas monetárias. Além disso, todos aguardam o próximo catalisador, o avanço das negociações entre Trump e Xi, que pode reacender a confiança global e impulsionar a recuperação econômica.
