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O entretenimento digital na era da blockchain

Por Jorge Siufi
Fonte: Pixabay

O expansivo mundo das blockchains tem aberto portas para se conectar à sociedade e cada vez mais tem conquistado adeptos.

Nesta reportagem falaremos sobre duas plataformas de entretenimento que introduzem o sistema descentralizado da tecnologia blockchain ao mundo das mídias sociais.

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Não apenas, abordaremos como a blockchain se mostra necessária para a forma com a qual é gerido o capital deste mercado.

Neste momento, certamente existe um aplicativo instalado em seu smartphone, ou uma página da web salva em seu computador ao qual você assiste a videos ou ouve músicas.

Certamente são de alguma empresa líder do mercado, mas buscando espaço entre esses gigantes existem outras plataformas descentralizadas, e que principalmente gostam de criptomoedas.

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Você conhece a COS.TV e Musicoin?

Cada uma na sua área, ambas possuem alguns diferenciais como usar a tecnologia blockchain para o entretenimento digital, ou possuir um sistema de monetização próprio, disruptivo e eficiente utilizando criptomoedas.

COS.TV

Canal Bitnada na COS.TV

A COSTV é uma plataforma de distribuição de vídeos diversos de forma descentralizada. Em sua maioria é utilizada por produtores independentes, que postam e disponibilizam suas produções para o público em geral.

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Apresentando uma plataforma de fácil acessibilidade, ela possui algumas diferenças quando comparada a gigantes do mercado como o Youtube e Vimeo.

Para começar, obviamente o primeiro deles é utilizar a sua própria criptomoeda, a Contentos (COS) como meio de monetização dos usuários da plataforma.

Além da criptomoeda COS a plataforma também utiliza um Token de premiação próprio que apenas pode ser utilizado dentro da plataforma, o POP, mas que não possui valor de mercado.

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A COS.TV possui um sistema diferenciado de monetização de seus usuários, onde não apenas o produtor de conteúdo é remunerado.

Ao usar a plataforma acessando vídeos o usuário ou telespectador pode ganhar moedas POP que podem ser convertidas em criptomoedas, ou receber COS através de comentários e likes.

Já o usuário produtor de conteúdo não precisa das enormes restrições burocráticas das demais plataformas para ser remunerado. Ao postar um conteúdo em vídeo basta os usuários acessarem, comentarem, ou darem “like” ou “gifts” que a conta pode ser rentabilizada.

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Entretanto, diferentemente das demais plataformas, a monetização dos vídeos não é permanente, sendo limitada ao período de uma semana.

Outra diferença é que a COS.TV possui algumas funcionalidades em sua plataforma que podem render criptomoedas aos seus usuários, como fazer login diariamente, através de sorteios, ou abrindo a caixa do tesouro que inclusive pode render Ethereum.

A plataforma possui a sua própria carteira a qual as criptomoedas são guardadas. Também a monetização dos vídeos é 100% transparente, e visível a todos os usuários da plataforma.

Mas melhor de tudo é não conter aquelas publicidades irritantes entre os vídeos acessados ou mesmo no meio deles.

No momento da redação desta reportagem o COS estava sendo cotado a US$0,009783 dólares, ocupando o lugar 373 do ranking do CoinMarketCap com capitalização de mercado de US$20.371.376 dólares.

MUSICOIN

Página inicial do Musicoin

O Musicoin é uma plataforma de áudio que possibilita o acesso do usuário às músicas de artistas independentes e ou consagrados.

Semelhante a plataformas já renomadas, como o SoundCloud e o MixCloud, seus usuários podem postar músicas registradas e produções independentes e serem remunerados na plataforma.

De diferente, começa que as músicas são registradas em uma blockchain, e assim possuem toda a acessibilidade e segurança desta.

O Musicoin utiliza a sua própria criptomoeda para remunerar os produtores de conteúdo da plataforma, a MUSIC, de compensação justa, validados em contratos transparentes, sem intermediários, e utilizando a sua própria carteira criptográfica disponível na plataforma.

Seu uso é totalmente gratuito para produtores e usuários, assim não havendo limitação de conteúdo para os produtores que possuem contas não pagas, e também não há anúncios e propagandas diversas.

O Musicoin inclusive possui um aplicativo para aparelho móvel, também gratuito.

No momento da redação desta reportagem cada MUSIC estava cotada no site CoinMarketCap em 0,000219 dólares, com capitalização de mercado de US$367.987 dólares.

A blockchain no meio do entretenimento digital

Interessante nestes casos é a introdução e usabilidade da tecnologia blockchain nos mais distintos segmentos da sociedade.

Mas a principal diferença destas duas plataformas em relação às supracitadas ou às que fornecem serviço de “streaming”, como NetFlix, Amazon Prime Video, Apple Music e Spotify, é fundamentalista.

Primeiramente que muitas destas plataformas centralizadas monopolizam o fornecimento de conteúdo de acordo com seus produtores. Na maioria das vezes, apenas os grandes ganham ou entram!

Por outro lado, as que possuem mentalidade libertária propiciam que artistas independentes e desconhecidos possam mostrar seu serviço e assim serem remunerados de acordo com o tamanho do seu empreendimento como artista e produtor de mídia digital.

Não que as demais não permitam isto, mas o caminho é muito mais árduo e burocrático nas plataformas pagas. Já para começar se não forem pagas o produtor terá restrições.

Em plataformas como a COS.TV ou Musicoin, a remuneração também é dependente do número de acessos ao conteúdo postado, entretanto, qualquer produtor, seja ele muito, pouco ou nada conhecido poderá ter suas produções remuneradas de forma rápida e transparente tendo qualquer volume de visualizações e comentários.

Ademais, os usuários destas plataformas também podem remunerar seus artistas prediletos ou produtores de conteúdo por material produzido, até serem remunerados com comentários, repostagens, entre outros, e isso as demais plataformas não fazem.

Mas a tecnologia blockchain que os “menores” usam também pode passar a ser utilizada pelos grandes, conhecidos, e famosos, no intuito de otimizar seus contratos com estas empresas, sejam elas privadas ou públicas, centralizadas ou não.

Um contrato inteligente, por exemplo, pode deixar estabelecido qual parte da receita vai para cada envolvido com o conteúdo publicado, seja ele o próprio artista, a galera da banda, o staff, a produtora, a gravadora, os patrocinadores, a Instituição de caridade, e todo mundo.

Ao registrarem uma música ou vídeo numa blockchain, os produtores de mídia passam a ter o registo íntegro daquela mídia através de um banco de dados amplamente transparente.

Além disto, supostamente as partes não terão que aguardar um longo período de tempo para receber o pagamento, e este poderá ser direcionado especificamente para cada parte, sem a intermediação de terceiros.

Outra proposta interessante das plataformas descentralizadas é o conceito de “sharismo”, onde acredita-se que o produtor de conteúdo deve ser melhor recompensado por criar e compartilhar o seu trabalho.

As blockchains neste ecossistema podem incluir cláusulas aos seus contratos inteligentes que gerem “gorjetas” aos usuários que compartilham músicas e vídeos. Genial e inovador.

Dentro destas plataformas descentralizadas os usuários em geral também poderiam adquirir novos produtos utilizando os Tokens recebidos, como artigos de vestuário, ingressos de shows, adquirir mídias legalizadas, entre outros.

Isto simplesmente faz com que os usuários das plataformas construídas em blockchain, assim como os fãs dos artistas, se tornem promotores ativos de seus ídolos.

Tudo isto nos mostra que a tecnologia blockchain apesar de recente está aí para renovar, agregar!

E sim, a adesão de artistas renomados pode ajudar a divulgar a sua usabilidade, deixando um monte de burocracias de lado, inclusive aquela que recolhe altas taxas da capacidade criacional alheia.

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Redator da Revista Bitnotícias
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