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O Evangelho de Satoshi Nakamoto – Cap. 17 vers. 1

Por Leonardo Broering Jahn
Foto: BitNotícias

Boa noite queridos!

Vimos no versículo anterior a última parte da tradução de “For-Pay Remailers”. Neste começaremos a tradução de “The Right to Read: A Dystopian Short Story”, um pequeno conto distópico de Richard M. Stallman, publicado em 1996. Serão 4 versículos (imagino). O primeiro é este.

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O Direito de Ler: Um Conto Distópico

Richard M. Satllman

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Originalmente publicado em 1996

 

De The Road to Tycho, uma coletânea de artigos sobre os antecedentes da Revolução Lunariana, publicada em Luna City em 2096.

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Para Dan Halbert, a estrada para Tycho começou na faculdade – quando Lissa Lenz pediu emprestado seu computador. O seu havia quebrado, e a menos que ela pudesse pegar outro emprestado, ela falharia em seu projeto de meio de semestre. Não havia ninguém que ela ousasse perguntar, exceto Dan.

Isso colocou Dan em um dilema. Ele tinha que ajudá-la – mas se ele emprestasse seu computador, ela poderia ler seus livros. Além do fato de que você poderia ir para a prisão por muitos anos por deixar alguém ler seus livros, a própria ideia o chocou a princípio. Como todos, ele aprendera desde a escola primária que compartilhar livros era desagradável e errado – algo que apenas os piratas fariam.

E não havia muita chance de que o SPA – a Autoridade de Proteção de Software (na sigla em inglês) – falhasse em pegá-lo. Em sua aula de software, Dan sabia que cada livro tinha um monitor de direitos autorais que informava quando e onde era lido e por quem, para o Licenciamento Central. (Eles usavam essa informação para capturar leitores piratas, mas também para vender perfis de interesse pessoal a varejistas.) Na próxima vez em que seu computador estivesse em rede, o Licenciamento Central descobriria. Ele, como proprietário do computador, receberia o castigo mais severo – por não se esforçar para evitar o crime.

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Claro, Lissa não pretendia necessariamente ler seus livros. Ela poderia querer o computador apenas para escrever o projeto de meio do semestre. Mas Dan sabia que ela vinha de uma família de classe média e não podia pagar as mensalidades, muito menos as taxas de leitura. Ler seus livros pode ser a única maneira de se formar. Ele entendia essa situação; ele mesmo teve que pedir emprestado para pagar todos os documentos de pesquisa que leu. (Dez por cento dessas taxas foram para os pesquisadores que escreveram os artigos; como Dan visava uma carreira acadêmica, ele podia esperar que seus próprios documentos de pesquisa, se frequentemente referenciados, trouxessem o suficiente para pagar esse empréstimo.)

Mais tarde, Dan ficaria sabendo que havia uma época em que alguém poderia ir à biblioteca e ler artigos de periódicos e até livros, sem ter que pagar. Havia estudiosos independentes que liam milhares de páginas sem subvenções da biblioteca do governo. Mas na década de 1990, tanto os editores de periódicos comerciais quanto os sem fins lucrativos começaram a cobrar taxas pelo acesso. Em 2047, as bibliotecas que ofereciam acesso público gratuito à literatura acadêmica eram uma memória obscura.

 

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Foi este o versículo de hoje, no de amanhã continuamos. Bom início de semana a todos!

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@leonardobjahn Natural de Florianópolis, SC 27 anos Evangelista Bitcoin Graduando Administração na UFSC Professor particular e tradutor de Inglês
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