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O Evangelho de Satoshi Nakamoto – Cap. 36 vers. 8

Por Leonardo Broering Jahn

Boa tarde amigos!

No último versículo vimos a sétima parte da tradução de “Advances In Distributed Security”. Hoje a oitava.

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O tempo tocado nos sinos era lido principalmente de um relógio de sol. No século XI, estes eram frequentementes complementados por relógios de água. No final do século XIV, a maioria estava usando o novo relógio mecânico, respaldado por outra nova tecnologia daquele século, a ampulheta, mais confiável e pessoalmente segura.

Nos campanários maiores e mais importantes estavam presente pelo menos dois tocadores de sino. Eles moravam lá em tempo integral [D96]. Este arranjo é um exemplo do padrão de controle duplo – cada tocador servia como uma verificação para o outro; nenhum dos dois poderia falsificar o tempo ou outros sinais de campainha sem o conluio de ambos.

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Os elementos mais caros e pesados destas torres eram os sinos. Os ferreiros de sino competiam para produzir o sino com o toque audível de maior distância. O sino “Maria Angola”, fundido em 1659 e instalado em um catedral em Cusco, Peru, podia ser ouvido a até 25 milhas de distância [aprox. 40km] [G95]. Em Córdoba, no século XVI, uma catedral exibia um sino de uma tonelada que podia ser ouvido a 8 milhas de distância [aprox. 13km]. Na catedral de Rouen, em 1321, foi instalado um carrilhão que tocava uma série de sinos a um hino audível a 5 milhas de distância [aprox. 8km] [D96]. O alcance típico dos sinos de uma igreja paroquial era de 3 – 5 milhas [5 – 8 km]. Estes sinos seriam ouvidos primeiramente na cidade circundante; sinos maiores também podiam ser ouvidos por camponeses que trabalhavam nos campos a milhas de distância.

A propriedade mais valiosa de uma torre sineira não era sua acurácia, mas sua justiça. Mesmo que transmitisse a hora errada, ele transmitia a mesma hora errada para todos. Um empregador, mesmo que ele estivesse em conluio com a Igreja para enviesar o toque, às vezes subjetivo, das horas canônicas, não podia dizer a seus funcionários favoritos que era hora de ir para casa, enquanto fazia outros empregados trabalharem mais e fingir que era a mesma hora. (Em contraste, em nossas redes de computadores, tais ataques “bizantinos” são possíveis, sem salvaguardas avançadas, ao “transmitir” as horas ou outras informações).

Enquanto igrejas ou mosteiros próximos forneciam ao público a hora normal, trabalhadores e empregadores usavam seus próprios dispositivos de cronometragem como uma verificação. Os camponeses podiam contar a hora observando sua própria sombra contra algum objeto de tamanho padrão. Na Alemanha e em Flandres, até as menores aldeias camponesas tinham “quadrantes para indicar as horas sem o sol”. Os mineiros, trabalhando no subsolo, seguiam os sinos de trabalho, operados pelos empregadores, e passavam o sinal pelos túneis pelos trabalhadores batendo nas ferramentas. Como verificação, os mineiros tiveram suas próprias velas de sebo marcadas [D96]. Apesar da transmissão pública do tempo oficial, poucos dispensaram a opção de verificar suas próprias fontes independentes.

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Veja o artigo “On Time” para mais informações sobre a fascinante história do desenvolvimento de relógios na Europa e as instituições econômicas associadas.

[D96] Dohrn-van Rossum, History of the Hour – Clocks and Modern Temporal Orders, University of Chicago Press, 1996.
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Esta foi a oitava parte da tradução, no versículo seguinte a nona.

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@leonardobjahn Natural de Florianópolis, SC 27 anos Evangelista Bitcoin Graduando Administração na UFSC Professor particular e tradutor de Inglês
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