- Stablecoins desafiam bancos e mudam o sistema financeiro global
- Juros impulsionam expansão das stablecoins acima de US$ 300 bilhões
- Nova era financeira começa com moedas digitais remuneradas
O sistema financeiro global vive uma transformação sem precedentes, impulsionada pela ascensão das stablecoins. Essas moedas digitais estão desafiando o domínio dos bancos e forçando uma revisão nas antigas regras do jogo.
Em poucos meses, US$ 50 bilhões foram adicionados ao mercado, elevando o total para mais de US$ 300 bilhões. O motivo é simples e poderoso, as stablecoins começaram a pagar juros, tornando-se uma alternativa real às contas tradicionais.
O confronto direto entre bancos e criptomoedas
A disputa ficou mais acirrada quando Brian Armstrong, CEO da Coinbase, criticou os grandes bancos por tentarem proibir o pagamento de juros em stablecoins. Segundo ele, trata-se de uma manobra para preservar o monopólio financeiro. Além disso, Armstrong defendeu que o setor bancário deveria criar alternativas melhores, em vez de sufocar a concorrência com lobby e regulamentações restritivas.
Essa tensão cresceu com a discussão da Lei CLARITY, proposta para limitar os rendimentos pagos por emissores de stablecoins. A reação foi imediata. Tushar Jain, sócio da Multicoin Capital, afirmou que esse movimento representa “o começo do fim da capacidade dos bancos de enganar seus clientes com juros mínimos”.
Hoje, a maioria dos bancos paga menos de 1% ao ano para seus depositantes, enquanto lucra com os 5% dos títulos do Tesouro americano. Porém, na prática, os bancos ficam com quase todo o rendimento e deixam os correntistas com as sobras. Essa diferença brutal ficou ainda mais evidente com a ascensão das stablecoins que repartem lucros com seus usuários.
A virada: Stablecoins que recompensam o investidor
Projetos como o PYUSD do PayPal, o BUIDL da BlackRock e o USDe da Ethena começaram a pagar rendimentos que chegam a 4% ao ano, depositados mensalmente. Porém, desde julho, após a aprovação do GENIUS Act, esses tokens ganharam força. Só o PYUSD cresceu 117% em setembro, atingindo US$ 2,5 bilhões em circulação, três vezes mais do que em julho.
Essa mudança sinaliza uma migração silenciosa de capital. O público percebe que pode preservar valor e ainda lucrar, sem depender dos bancos tradicionais. Ao mesmo tempo, o setor bancário começa a sentir a pressão. Em regiões como Cingapura, restrições às transferências bancárias já estão acelerando a adoção das stablecoins como meio de pagamento e reserva de valor.
O futuro: Menos bancos, mais liberdade financeira
Com a expansão das stablecoins com rendimento, o modelo de negócio dos bancos está sendo colocado à prova. A velha lógica de reter quase todo o lucro do cliente pode estar com os dias contados.
Na prática, o que antes parecia uma utopia do mundo cripto agora se torna um movimento inevitável. As pessoas querem transparência, rendimento e autonomia. Além disso, As stablecoins, ao oferecer tudo isso, podem marcar o início de uma nova era financeira, em que os bancos deixam de ser os únicos detentores do poder. O fim do roubo dos bancos pode estar mais próximo do que nunca, e as stablecoins são o motor dessa revolução.