Odin.fun sofre invasão e registra prejuízo de 58 BTC em poucas horas

Por Carlos Schuabb - Jornalista de Cripto
US$ 2 bilhões perdidos em ataques de criptomoedas e US$ 1,63 bilhão por falhas de controle de acesso
Imagem: Dall-e
  • Odin.fun, uma plataforma de lançamento de memecoins baseada em Bitcoin, perdeu 58,2 BTC em uma falha de segurança
  • O cofundador da Odin.fun confirmou que o tesouro da plataforma não conseguiu cobrir a perda
  • Além disso, acionou autoridades nos Estados Unidos e na China para colaborar na investigação e rastreamento dos fundos roubados.

O launchpad de memecoin baseado em Bitcoin, Odin.fun, sofreu um ataque cibernético que resultou na perda de 58,2 BTC, equivalente a aproximadamente US$ 7 milhões. O incidente aumentou os alertas sobre vulnerabilidades em plataformas DeFi e na segurança de pools de liquidez.

Como o ataque foi executado e seus efeitos imediatos

O ataque ocorreu quando hackers injetaram o token sem valor SATOSHI em uma pool de liquidez, elevando artificialmente seu preço e permitindo retiradas de grandes quantias de Bitcoin. Essa manipulação esvaziou rapidamente parte relevante das reservas da plataforma.

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Em menos de duas horas, os fundos caíram de 291 BTC para 232,8 BTC. A detecção só ocorreu quando um membro da comunidade observou movimentações incomuns e comunicou à equipe. A empresa confirmou que a vulnerabilidade estava ligada à forma como a pool automatizada avaliava o valor dos ativos pareados.

A Odin.fun suspendeu todas as negociações e retiradas para proteger o saldo remanescente. O cofundador Bob Bodily informou que o tesouro da empresa não possui fundos suficientes para cobrir integralmente o prejuízo dos usuários. Essa informação intensificou a preocupação da comunidade, que agora aguarda medidas concretas.

Medidas de contenção e reação do mercado

Logo após o ataque, a Odin.fun contratou uma empresa de segurança especializada para conduzir auditoria completa. Além disso, acionou autoridades nos Estados Unidos e na China para colaborar na investigação e rastreamento dos fundos roubados.

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As exchanges OKX e Binance estão auxiliando na identificação das carteiras envolvidas, visando bloquear movimentações suspeitas. A equipe também está desenvolvendo um plano de compensação para as vítimas, embora sem divulgação de detalhes sobre prazos e valores.

A comunidade respondeu com ceticismo. Parte dos usuários exige mais transparência e relatórios detalhados, enquanto outros alertam sobre a necessidade de revisar todo o protocolo para evitar incidentes futuros. Ainda assim, alguns analistas destacam que o esforço imediato para rastrear os fundos e manter comunicação aberta pode ajudar a preservar parte da credibilidade da marca.

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Jornalista de Cripto
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Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
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