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Perdas por hacks em criptomoedas diminuem em outubro, mas totalizam bilhões no ano

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

A indústria de criptomoedas enfrentou perdas superiores a US$ 1,4 bilhão em 2024 devido a 179 incidentes de hacks e fraudes, conforme aponta o mais recente relatório da plataforma de recompensas de bugs e serviços de segurança web3, Immunefi.

Apesar disso, houve uma queda de 56,6% nas perdas mês a mês durante outubro. Este mês registrou um total de US$ 55,1 milhões em perdas, em comparação com os US$ 126,9 milhões de setembro. Com essa desaceleração nas perdas mensais, os números de 2024 agora indicam uma redução de 1% em relação ao ano anterior.

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De acordo com Gonçalo Magalhães, chefe de segurança da Immunefi, em geral, as perdas estão apresentando uma tendência de queda. Segundo ele, os projetos de criptomoedas têm adotado medidas de segurança mais robustas, que incluem auditorias mais rigorosas, melhorias no design de contratos inteligentes e a implementação de programas de recompensas por vulnerabilidades.

Magalhães destacou ainda que a disponibilidade de profissionais de segurança qualificados no setor de criptomoedas está aumentando.

“A maturidade da atual estrutura de segurança é muito melhor do que o que víamos há 2 ou 3 anos, tornando mais difícil para os hackers explorarem vulnerabilidades,” afirmou.

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Segurança no mercado de criptomoedas

As perdas de outubro tiveram relação com sete incidentes específicos, representando o segundo menor total mensal até o momento no ano. Contudo, representa uma alta de 114% em comparação a outubro de 2023. As principais perdas ocorreram devido ao hack de US$ 50 milhões do protocolo DeFi Radiant Capital e a uma exploração de US$ 4,4 milhões do Tapioca DAO.

Os projetos P719, Morpho Labs, Ramses Exchange, HYDT e Fire foram responsáveis pelo restante das perdas no setor DeFi. Não houve registros de incidentes na categoria CeFi neste mês.

Os hacks continuaram a ser a principal causa das perdas no setor de criptomoedas, representando 100% dos números de outubro. A rede BNB Chain foi a mais visada, contabilizando 50% dos ataques desse mês. Enquanto isso, o Ethereum e a Arbitrum responderam por 25% dos incidentes cada. No início do mês, a Immunefi destacou Ethereum como a blockchain preferida de seus hackers éticos, com Polygon, Arbitrum, Optimism e Solana também em ascensão.

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Até o momento, a Immunefi pagou mais de US$ 100 milhões em recompensas a hackers éticos e pesquisadores. Esses pagamentos são resultado de mais de 3.000 relatórios de bugs, sendo o maior deles uma recompensa de US$ 10 milhões por uma vulnerabilidade descoberta no protocolo cross-chain Wormhole.

A Immunefi afirma operar a maior comunidade de segurança blockchain, com mais de 45.000 pesquisadores, que conseguiram evitar o roubo de mais de US$ 25 bilhões em fundos de usuários em protocolos de criptomoedas como Polygon, Optimism, Chainlink, The Graph, Synthetix e MakerDAO (Sky)

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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