Treze anos após a mineração do primeiro bloco de Bitcoin, a adoção de criptoativos segue em contínuo crescimento. Atualmente, estima-se que 10,2% da população mundial possua ativos digitais.
Muitas pessoas que foram atraídas pela alta dos preços e entraram no mercado em 2020 e 2021 permaneceram nessa classe de ativos, apesar das quedas, demonstrando otimismo neste mercado. Investidores institucionais, incluindo os de grande porte, também aumentam as alocações em criptomoedas.
Pesquisa da EY-Parthenon com mais de 250 instituições, divulgada em maio, mostrou que investidores institucionais “estão mantendo o curso e não estão se afastando dos ativos cripto/digitais, mas estão abordando seus investimentos cuidadosamente com um otimismo educado e moderado.
A esmagadora maioria das instituições acredita nos benefícios de longo prazo dos ativos criptográficos/digitais”. A maior fonte de preocupações ainda é a incerteza regulatória, a segurança e confiabilidade das exchanges, segundo a pesquisa.
As instituições veem valor na capacidade de diversificar ativos, bem como no potencial de retornos assimétricos ao investir em ativos criptográficos/digitais. Trinta e cinco por cento dos entrevistados observaram que alocam de 1% a 5% em ativos digitais e/ou produtos relacionados, com 60% dos entrevistados indicando que alocam mais de 1% de seu portfólio em ativos digitais e/ou produtos relacionados.
Embora os entrevistados com menos ativos sob gestão (AUM)/ativos sob administração (AUA) tendam a alocar uma parcela maior de seu portfólio a esses produtos, foi digno de nota que 45% das instituições com mais de US$ 500 bilhões em AUM responderam que alocam mais de 1% de seu portfólio, sugerindo um grande volume de capital investido no espaço por investidores institucionais tradicionais.
Bitcoin
A América Latina aderiu a essa onda com força. De acordo com o relatório Geografia das Criptomoedas 2022, da Chainalysis, a América Latina é o sétimo maior mercado de criptomoedas do mundo. Entre julho de 2021 e junho de 2022, os latinoamericanos adquiriram cerca de US$ 562 bilhões em criptomoedas, o que representa alta de 40% frente ao ano anterior. Dos trinta principais países no índice de criptomoedas, cinco estão na América Latian, incluindo o Brasil na 7º posição.
A pesquisa da EY-Parthernon mostra que o que mais atrai os investidores para os criptoativos é a possibilidade de diversificar seus portfólios e o potencial de retornos assimétricos ao investir em ativos criptográficos/digitais. Dos cerca de 250 entrevistados, 35% disseram alocar de 1% a 5% em ativos digitais ou produtos relacionados – sendo que 60% disseram que alocam mais de 1% de seu portfólio em ativos digitais e/ou produtos relacionados.
“Embora os entrevistados com menos ativos sob gestão ou administração tendam a alocar uma parcela maior de seu portfólio nesses produtos, foi digno de nota que 45% das instituições com mais de US$ 500 bilhões responderam que alocam mais de 1% de seu portfólio, sugerindo um grande volume de capital investido no espaço por investidores institucionais tradicionais”.
Esse interesse global também é visível entre aqueles que investem um maior volume de recursos nesse tipo de ativo dentro da Binance, a maior exchange de criptoativos do mundo em volume de negócios e número de tokens listados. De acordo com a pesquisa institucional de perspectivas de criptoativos, 63,5% dos usuários VIP e institucionais da Binance têm uma perspectiva positiva sobre os ativos criptos para os próximos 12 meses.
Cerca de 88% deles prevêem desenvolvimentos positivos do mercado na próxima década. A pesquisa da Binance ouviu 208 usuários VIP e institucionais em todo o mundo, entre 31 de março e 15 de maio deste ano.
Uma pesquisa da Binance com investidores institucionais e VIP mostra que eles suas percepções sobre o Bitcoin e as criptomoedas permaneceram estáveis no último ano (44,7% e 47,8%, respectivamente), enquanto uma proporção maior de entrevistados tornou-se mais positiva em relação ao Bitcoin em comparação com o as demais criptomoedas (47,3% vs. 33,2%).
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