Pesquisa: Países com maior índice de corrupção usam mais a plataforma Local Bitcoins

Por Bruna Grybogi

Dados mostram que o Bitcoin está encontrando um caso de uso no mundo real em países onde se suspeita que a corrupção seja bastante alta. E isso – usar o Bitcoin para evitar governos corruptos – é realmente o caso de uso que os defensores de longo prazo de criptomoedas acreditam ser o que Satoshi Nakamoto estava procurando quando trouxe o Bitcoin ao mundo.

Bitcoin encontra uso em lugares corrompidos

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Pessoas de todo o mundo, exceto que não têm acesso à internet, podem usar a criptomoeda e sua respectiva blockchain sem um custo financeiro ou um procedimento de KYC.

Obter as próprias moedas, no entanto, é uma história um pouco diferente. Enquanto qualquer pessoa pode explorar o BTC ou acessar uma carteira, as exchanges nas quais pode-se comprar as criptomoedas exigem que o usuário tenha uma conta bancária e identificação do governo.

Embora isso não seja um problema para alguém em um país democrático como o Japão, trabalhar com exchanges em algumas das áreas menos desenvolvidas e corruptas do mundo pode ser um problema. Nesses lugares, as pessoas podem não apenas ter um documento de identificação ou conta bancária, além das exchanges que podem ser consideradas ilegais.

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Para situações como esta ou até para quem quer fugir de exchanges centralizadas, existe a plataforma Local Bitcoins que promove o serviço peer-to-peer, sendo um ambiente onde a compra e venda acontece diretamente com outro comprador/vendedor, sem necessidade de um intermediador.

Volume na Local Bitcoins

De acordo com dados publicados por um usuário no Twitter, Trooper, há uma correlação clara entre o Índice de Percepção de Corrupção (CPI) de um país e a parcela do PIB que o volume da Local Bitcoins compõe. A correlação: quanto mais corrupção houver no governo de um país, maior o papel da Local Bitcoins (e, portanto, da criptomoeda) em sua economia.

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A Venezuela, que exibia um CPI de 18 (um dos mais baixos do mundo) em 2018, possui um mercado que representou 0,2326% do seu PIB de 2018. A Venezuela é seguida pela Nigéria, Rússia, Colômbia, Ucrânia, Quênia, Peru e África do Sul – todas as nações com CPI relativamente baixo, de acordo com o site Transparency.org.

Essa correlação está acentuando que, em locais onde a corrupção, a turbulência financeira e os desequilíbrios políticos são gritantes, o Bitcoin está encontrando uso de boa-fé.

Moeda ou reserva de valor?

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Se o nível de corrupção governamental de um país está atrelado ao uso da Local Bitcoins, para que os oprimidos estão usando o Bitcoin? O BTC é uma reserva de valor ou uma moeda alternativa livre de controle para eles?

Bem, muitas vezes é uma mistura de ambos. A Venezuela é um exemplo perfeito de um lugar em que o Bitcoin serve duas, talvez até três, funções principais. No país sul-americano, existem rígidos controles de capital e uma hiperinflação desenfreada. Você pode encontrar histórias online de venezuelanos convertendo seus bolívares em criptomoeda instantaneamente para proteger sua riqueza, comprar bens sem supervisão e em uma moeda desvalorizada e enviar/receber dinheiro através das fronteiras sem supervisão e restrições governamentais.

Portanto, embora o Bitcoin possa não estar pronto para uso nos EUA como meio de troca, está ajudando aqueles que estão sendo oprimidos por governos de todo o mundo.

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