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O outro lado da Walmart Coin

Por Bruna Grybogi

Recentemente, o gigante varejista, Walmart, anunciou que solicitou uma patente de uma stablecoin baseada em cripto. Assim que a notícia foi recebida pela mídia, começaram as especulações sobre os planos do varejista.

Uma criptomoeda atrelada ao dólar ou ao Bitcoin?

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Segundo o registro de patente do Walmart, a então chamada Walmart Coin, poderia ser atrelada ao dólar americano e, futuramente, até à outras criptmoedas, como o Bitcoin.

Com a Walmart Coin, o usuário poderia adquirir produtos e serviços nos mercados da marca e em parceiros selecionados. Em outras modalidades, a moeda digital estaria disponível para usar em qualquer lugar.

Ainda de acordo com a solicitação de patente, as famílias de baixa renda que acham as taxas dos bancos convencionais muito altas, poderiam usar a Walmart Coin como uma alternativa, já que a criptomoeda bem como a conta necessária para ela teriam isentas de taxas ou teriam taxas bem pequenas.

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O Walmart ainda tem um plano bem ambicioso com sua moeda digital: eliminar a necessidade de cartões de crédito. Conforme sua patente, usando padrões biométricos como digital ou retina, a pessoa seria seu “próprio cartão digital”.

O outro lado da Walmart Coin

O Walmart teve US $ 500 bilhões em vendas líquidas em 2018. Uma pesquisa estimou que 23% das transações em supermercados são feitas em crédito; a Walmart Coin teria o potencial de economizar US$ 2,3 bilhões ao varejista por ano, representando um impressionante aumento potencial de 22% nos resultados da empresa.

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Existe outro interesse tático em criar a Walmart Coin, caso aprovada e adotada massivamente por seus clientes, o Walmart teria terabytes de dados de histórico de consumo no mundo todo. Essas informações poderiam ser cruciais para a batalha que hoje o Walmart trava contra sua maior rival, a Amazon, visto que eles poderiam pressionar os fornecedores sobre os preços e comprar estoques mais baratos por meio de economia de escala.

Além disso, como já aprendido com o Facebook, nem sempre grandes corporações são as melhores administradoras de informações privadas.

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