O governo da província de Sichuan, na China, realizou um seminário para incentivar as operações mineração de criptomoedas na região. O evento foi liderado pelas prefeituras de Garze, Ya’an e Aba, que possuem os menores PIB da região. Contudo, apesar de possuírem os menores índices da província, as cidades possuem alto poder de produção hidrelétrica.
Durante o seminário, as autoridades defenderam que as cidades usem o abundante recurso hidrelétrico para alimentar as operações de mineração de bitcoin. De fato, a região é muito atrativa para grandes mineradoras, dado o seu clima frio e seu alta produção de energia, que se intensifica durante as estações de chuva, que vai de maio a outubro.
Segundo as autoridades, as empresas de mineração poderiam beneficiar a região, criando empregos e benefícios econômicos para seus habitantes. Assim, a mineração de criptomoedas é uma das poucas indústrias verdes que podem trazer renda para a população local, defende o governo da província.
De fato, a região de Sichuan é bastante visada pelas empresas de mineração, sendo estimado nela a produção de 50% do hashrate total do Bitcoin. Não à toa, a Ya’an foi pioneira em manifestar apoio a atividade de mineração.
Seguindo a mesma linha da cidade vizinha, Garze defendeu publicamente a atividade. O prefeito da cidade chegou a afirmar que eles “tomariam a tecnologia blockchain como projeto estratégico e fundamental”. Além disso, “aumentariam o apoio às empresas de blockchain em eletricidade, impostos e serviços financeiros…”, completou.
Apesar do apoio das autoridades locais ter um como um dos principais objetivos a redução dos impactos causados pela pandemia de COVID-19, eles trazem outros benefícios para todo o setor. O recente movimento pode trazer um impacto significativamente positivo para a legalização da mineração de Bitcoin no país.