Veja quais são os principais países que negociam criptoativos via P2P e por quê.

Por Jorge Siufi
Pixabay

As criptomoedas foram criadas para serem um meio disruptivo e inclusivo de transação financeira.

No mundo globalizado e centralizado das grandes potências mundiais e dos países emergentes já era de se esperar que os criptoativos sofreriam forte regulamentação, e que seriam menos usuais à população por já existir o pragmatismo de um sistema financeiro instalado.

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Entretanto, nos países onde a crise leva à maciça depreciação do dinheiro, e a centralização de poder e condutas levam à total falta de privacidade, a tecnologia dos criptoativos seria disruptiva e introduziria este meio de pagamento de forma mais natural.

Nestes países, a negociação financeira através de criptoativos se faz necessária.

Não por menos, nestes países o meio de trocas de criptoativos entre pessoas (P2P) têm sido mais praticado, é oque mostra os dados informados pela plataforma P2P LocalBitcoin.

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A Rússia, por exemplo, com seus conturbados problemas políticos, é o país com maior índice de comercialização P2P na LocalBitcoin, representando algo em torno de 17% da comercialização na plataforma.

Os países sul americanos e africanos são outros que mais trocam criptomoedas via P2P.

A Venezuela, onde muitos estabelecimentos aceitam criptoativos como forma de pagamentos, corresponde a 12% dos usuários.

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Recentemente a Venezuela bateu recordes de negociação de criptomoedas no comércio local, conforme mostrado pela empresa de dados Chainalysis.

Outro país que têm se desenvolvido neste aspecto é a Colômbia, que hoje representa 11% do volume de negociações P2P na LocalBitcoin.

O Brasil é um dos países que também utiliza bastante estes serviços, e mensalmente a Receita Federal apresenta o volume de transações mensais de centenas de milhões de Reais via P2P.

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Estes valores são subnotificados, certamente.

Outro país emergente na utilização de serviços P2P é a Argentina, ao qual seu dinheiro estatal, o Peso argentino, é um dos mais desvalorizados do mundo.

Infelizmente (devido aos motivos), o Chile e o Uruguai cada vez mais embarcam nesta também.

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Na África, a Nigéria lidera a lista de países que utilizam transações P2P (5%), seguido de Quênia, Gana, Angola e Uganda.

Fora das Américas, o Reino Unido também é um país que utiliza bastante estes serviços, representando 6% dos usuários da LocalBitcoin.

O Reino Unido discute vastamente a regulamentação de criptoativos, sendo um dos países que possui a Legislação mais adiantada em nível mundial.

À medida que a crise financeira têm assolado os países pobres, mais estes têm buscado por criptoativos.

À medida que a moeda estatal dos países têm se desvalorizado, aqueles que forem mais depreciados vão aderir com mais velocidade ao sistema financeiro dos criptoativos.

À medida que a regulamentação estatal sobre as criptomoedas cresce, mais a população buscará os serviços P2P.

E à medida que o fundamento descentralizador e inclusivo se sobrepuser ao fundamento especulativo, mais o serviço P2P se sobreporá ao serviço terceirizado das exchanges.

É tudo uma questão de tempo, fundamentos, e necessidades.

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Redator da Revista Bitnotícias
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