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Regular as criptomoedas é distorcer seu propósito de criação

Por Bruna Grybogi

A crescente pressão de regulamentação de governos de todo o mundo tenta minar os ideais pelos quais o Bitcoin foi concebido. E apesar de alguns governos terem regulamentações mais amigáveis às criptomoedas, outros usam da desinformação e especulação para engessar a moeda e tirar o poder dos usuários.

A revolução na indústria

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A criptomoeda, de modo geral, vem sendo adotada pelos consumidores como forma de pagamento por produtos e serviços cada vez mais, e o mercado e a indústria vêm se adequando a essa revolução. Os governos e órgãos reguladores estão prestando cada vez mais atenção nisso. Enquanto alguns países se posicionam positivamente à essa tecnologia, como a Suíça ou o Japão, e aceitam a sua natureza, outros não seguem esse caminho.

Impulsionados por notícias, como a publicação do The New York Times em agosto, de que o Hamas estão buscando financiamento usando o Bitcoin, medidas como os padrões de combate à lavagem de dinheiro (AML) e o Combate ao Financiamento ao Terrorismo (CFT) ganham cada vez mais força.

Recentemente, os Ministros de Finanças e governadores de Bancos Centrais do G-20 se reuniram em Fukoka, no Japão e assumiram o compromisso de se alinharem às regras da AML e do CFT.

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Ainda, em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu um documento que, entre outras coisas, menciona a dificuldade que as exchanges terão em cumprir os regulamentos da AML e do CFT, e propõe como solução parcerias público-privada entre os Bancos Centrais e bolsas de criptomoedas. Segundo a sugestão do FMI em seu documento, os Bancos Centrais concederão licenças, atrelada a condição de supervisão, para bolsas privadas que ficarão sujeitas a prestar informações sobre dados dos clientes, e relatar atividades suspeitas de acordo com à AML e ao CFT.

Os esforços que os órgãos governamentais empenham em regularizar a criptomoeda é compreensível, o Estado quer deter o poder sobre as moedas, inclusive as digitais.

A inerente liberdade codificada

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O Bitcoin, assim como inúmeras outras criptomoedas, já provou ser uma alternativa à pressão que o governo tenta exercer sobre seus cidadãos. Em países como a China, onde há um regime rigoroso de controle financeiro, ou mais recentemente a Argentina, que está em um período de incerteza política e vê a rápida desvalorização de sua moeda, as criptomoedas devolvem o poder de escolha ao usuário.

Por não reconhecer barreiras geopolíticas, as criptos são uma escolha bastante lógica quando falamos de freelancers e home office. Pessoas do mundo inteiro estão aderindo a essa modalidade de trabalho, e a ascensão da das criptomoedas ajudam a possibilitar essa realidade. Com isso, um novo mercado de trabalho surge para pessoas que residem em países com alta taxa de desemprego e retração da economia.

A criptomoeda hoje é livre, honesta e fluída, e se adequa a realidade de onde é adotada. Não é à toa que existem milhares de criptomoedas, e cada uma tem o seu propósito. O que se mantém comum entre elas é a liberdade que elas trazem a quem as adota. Burocratizar um projeto descomplicado é um retrocesso, que manterá todos presos às amarras institucionais.

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Em resumo, a criptomoeda deve evoluir naturalmente em seu próprio ecossistema, dispensando visões ultrapassadas de governos autoritários.

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