- O lançamento de ações tokenizadas da União Europeia da Robinhood atrai uma onda de interesse de empresas privadas
- Vlad Tenev, esclareceu anteriormente que os tokens são derivativos destinados à exposição no varejo, não ações reais
- A estratégia busca democratizar o acesso a capitais tradicionalmente restritos a investidores credenciados
A Robinhood estreou sua plataforma de tokenização de ações na União Europeia, oferecendo mais de 200 ativos tokenizados baseados em blockchain. Entre os destaques, estão ações de grandes empresas dos EUA e tokens representando participações indiretas em startups privadas como OpenAI e SpaceX. Essa iniciativa chegou acompanhada de entusiasmo institucional, mas também chamou a atenção de reguladores e emitentes.
Plataforma construídas sobre Arbitrum e impulso para inclusão
A plataforma opera sobre a cadeia Arbitrum Orbit, uma solução layer‑2 em Ethereum. Com isso, permite negociação praticamente contínua, cinco dias por semana, sem taxas adicionais.
Além disso, a Robinhood distribuiu tokens promocionais de OpenAI e SpaceX para engajar usuários e promover a tokenização.
At our recent crypto event, we announced a limited Stock Token giveaway on OpenAI and SpaceX to eligible European customers. While it is true that they aren’t technically “equity” (you can see the precise dynamics in our Terms for those interested), the tokens effectively give…
— Vlad Tenev (@vladtenev) July 2, 2025
Segundo o CEO Vlad Tenev, em entrevista à Bloomberg, a demanda por tokenização cresceu rapidamente após o lançamento. Ele afirmou: “recebemos uma enxurrada de pedidos de empresas privadas querendo tokenizar seus ativos”. A estratégia busca democratizar o acesso a capitais tradicionalmente restritos a investidores credenciados. Ainda assim, tokens relacionados a empresas privadas não concedem direitos societários reais, o que exige clareza na divulgação.
Pressão regulatória e risco de “jardim murado”
OpenAI já alertou que seus tokens “não representam ações da empresa”, reforçando a necessidade de conscientização dos investidores. Em resposta, o Banco da Lituânia, responsável pela regulação da Robinhood na UE, abriu investigação para entender a estrutura legal desses tokens.
Além disso, pesquisadores alertam que o design da plataforma pode isolar os tokens num ecossistema fechado, com acesso apenas por endereços aprovados, o que limita a interoperabilidade com DeFi. Por outro lado, a SEC nos EUA demonstrou postura mais receptiva, chamando a tokenização de “inovação” e participando de debates regulatórios sobre o tema.
Embora Robinhood esteja envolvida em discussões com autoridades europeias e americanas, ainda não há planos concretos para lançar o serviço nos EUA. A empresa espera que a SEC aprove o modelo sem necessidade de nova legislação.