Uma operação policial está sendo realizada nesta quinta-feira, 12, na sede da Nexo, em Sofia, na Bulgária. A operação é uma das maiores operações de combate à lavagem de dinheiro e crimes financeiros já realizadas no país.
A operação conta com a participação de cerca de 300 membros de diferentes agências, incluindo policiais, investigadores, procuradores e agentes de contra-inteligência, a equipe está atualmente interrogando testemunhas, de acordo com Siika Mileva, porta-voz do Procurador-Geral da Bulgária. Ela não confirmou se houve prisões.
A empresa, que é uma plataforma de negociação e empréstimo de criptomoedas, está sendo investigada por crimes organizados, lavagem de dinheiro, crimes fiscais, crimes relacionados ao fornecimento de serviços bancários sem a licença necessária e fraude informática.
De acordo com Mileva, os suspeitos são cidadãos búlgaros e a empresa tem operado a partir do território da Bulgária. A plataforma, como ela descreve, tem criado e mantido uma plataforma de negociação multinacional que também empresta criptomoedas.
Nexo sob investigação
Nos últimos 5 anos, mais de US$ 94 bilhões foram negociados ou emprestados através da plataforma Nexo. A empresa tem operado através de numerosas empresas comerciais registradas, a maioria das quais são caixas postais, ou seja, empresas “laranja”, explica Mileva. Ela também afirmou que um dos clientes da plataforma é uma pessoa que foi expulsa por financiar atividades terroristas.
A empresa é de propriedade de Antoni Trenchev, Kosta Kantchev e Kalin Metodiev, todos cidadãos búlgaros e negocia criptomoedas no Reino Unido, Suíça, EUA e destinos offshore. Foi fundada em 2018 pelo ex-deputado búlgaro Antoni Trenchev (partido Reformist Bloc) e seu parceiro Kosta Kanchev. Trenchev já foi comentarista convidado na CNBC e Bloomberg.
Em setembro de 2022, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, moveu uma ação contra a Nexo “por não se registrar como corretores ou distribuidores de títulos e commodities e por mentir aos investidores sobre seu status de registro”.
A empresa está sendo investigada pelos reguladores estaduais de títulos em Nova York, Califórnia, Kentucky, Maryland, Oklahoma, South Carolina, Washington e Vermont.