Sem dinheiro: Argentina libera e trabalhador pode receber salário em carne, leite, pão, banana ou Bitcoin

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

O governo liderado por Javier Milei chocou o país ao decretar nesta sexta-feira (22) uma mudança radical na forma de pagamento dos salários na Argentina. A nova legislação liberou os empregadores da obrigação de pagar os funcionários exclusivamente em pesos, a moeda oficial do país.

Agora, os trabalhadores argentinos podem receber seus salários em formas alternativas, como carne de boi, leite, Bitcoin e praticamente qualquer item de valor monetário.

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Diane Mondino, ministra das relações exteriores da Argentina e figura proeminente do governo Milei, expressou: “Ratificamos e confirmamos que na Argentina os contratos podem ser celebrados em Bitcoin. E também qualquer outra cripto e/ou espécie como quilos de novilho ou litros de leite”.

O novo decreto, parte do pacote de medidas do governo Milei, reforça que os devedores devem entregar o equivalente em valor, independentemente da moeda em curso legal no país.

Argentina

Essa decisão ocorre em um cenário de aumento dos preços dos alimentos, energia e combustíveis, juntamente com cortes nas obras públicas e uma série de medidas ultraliberais. Estas ações têm como objetivo “desestatizar” a economia argentina, seguindo uma agenda neoliberal.

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Contudo, os planos neoliberais de Milei têm enfrentado resistência. Manifestações massivas em Buenos Aires na última quarta-feira (20) resultaram em dois manifestantes presos. O governo também ameaçou cortar benefícios sociais de argentinos que protestarem contra suas políticas.

A medida, embora busque uma suposta liberalização do mercado, tem gerado controvérsias e levantado debates sobre a estabilidade econômica e social do país. O impacto dessas mudanças no dia a dia dos argentinos e na economia do país ainda é incerto, com divergências e tensões crescentes entre o governo e parte da população.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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