A Coinhive, uma empresa que oferece um minerador JavaScript para a Monero que pode ser incorporado em sites e que ficou famosa por serviço de cryptojacking, anunciou que vai encerrar todas as operações em 8 de março de 2019. Em seu comunicado, eles disseram que as principais razões por trás dessa decisão são a queda de 50% em taxa de hash causado pelo hard fork da Monero e pelo bear market das criptomoedas, que viu a XMR perder 85% de seu valor em um ano.
A declaração diz o seguinte:
“Alguns de vocês podem ter previsto isso, alguns de vocês ficarão surpresos. A decisão foi tomada. Interromperemos nosso serviço no dia 8 de março de 2019. Foi uma explosão trabalhar neste projeto nos últimos 18 meses, mas para ser completamente honesto, não é mais economicamente viável.
A queda na taxa de hash (mais de 50%) após o último hard fork da Monero nos atingiu com força. O mesmo aconteceu com o “crash” do mercado de criptomoedas, com o valor da XMR se desvalorizando mais de 85% em um ano. Isso e a anunciada atualização do algoritmo e bifurcação da rede Monero em 9 de março nos levou à conclusão de que precisamos descontinuar a Coinhive.
Assim, a mineração não funcionará mais depois de 8 de março de 2019. Seus painéis ainda estarão acessíveis até 30 de abril de 2019, para que você possa iniciar seus pagamentos se o saldo estiver acima do limite mínimo de pagamento.”
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Sobre a Coinhive
O serviço da Coinhive foi lançado em 2017 como uma maneira de minerar criptomoedas através do fluxo de um website, transformando o poder de processamento dos visitantes diretamente em dinheiro. Alguns sites foram sinceros com os visitantes sobre o uso do software, mais notavelmente o site de notícias Salon e UNICEF, mas muitos outros não divulgaram o fato de que estavam usando.
Eventualmente, os bloqueadores de anúncios e o software antivírus aprenderam a identificar e bloquear esse código, de modo que os usuários pudessem evitar que suas CPUs fossem usadas e suas baterias drenadas pelo software.
A Coinhive não é o único software de criptografia disponível, mas tem sido historicamente um dos mais populares. Em agosto de 2018, a análise da PublicWWW feita por Troy Mursch estimou que o serviço controlava cerca de 62% do mercado total de cryptojacking.