A Tether, emissor da stablecoin USDT, anunciou que descontinuará o suporte ao Omni, uma camada do Bitcoin usada para transferências de USDT desde 2014. Além da Omni, a Tether também encerrará o suporte para as implementações Kusama (KSM) e Bitcoin Cash (BCH) SLP.
Omni é uma camada de software construída sobre o blockchain do Bitcoin, projetada para aprimorar os recursos da blockchain do Bitcoin, fornecendo capacidades de contrato inteligente. Segundo a Tether, ao longo dos anos, a camada Omni enfrentou desafios devido à falta de tokens populares e à disponibilidade de USDT em outras blockchains.
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Impacto no uso do USDT
A falta de tokens populares e a disponibilidade de USDT em outros blockchains levaram muitas exchanges a favorecer camadas de transporte alternativas. Isso resultou em um declínio no uso do USDT no Bitcoin usando a camada Omni.
A Tether é a maior stablecoin com uma capitalização de mercado de US$ 82 bilhões. Deste montante, US$ 240 milhões em tokens são emitidos na camada Omni, enquanto US$ 1,4 milhão e US$ 980.000 são emitidos em Kusama e Bitcoin Cash, respectivamente, de acordo com o relatório de transparência da Tether.
Futuro das transações e preço da Tether
A partir de 17 de agosto, a Tether deixará de emitir USDT na Omni, Kusama e Bitcoin Cash. No entanto, os resgates continuarão pelos próximos 12 meses. Esta decisão teve um impacto direto no preço da Tether, que caiu 0,12% nas últimas 24 horas, sendo negociada a US$ 0,998, conforme dados da CoinDesk.
A medida reflete as mudanças dinâmicas no ecossistema de criptomoedas, onde novas soluções e camadas estão constantemente emergindo, enquanto outras, anteriormente populares, podem perder relevância com o tempo.