Conforme apurado pelo Portal do Bitcoin, o Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu o processo de recuperação judicial do Grupo Bitcoin Banco. A suspensão do processo ocorreu no último dia 31, e o conglomerado de empresas de Claudio Oliveira ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão.
O desembargador Espedito Reis do Amaral acolheu o pedido de suspensão do processo de recuperação impetrado pela Work Consultoria Eireli. A empresa de consultoria é uma das maiores credoras do GBB, tendo cerca de R$ 12,7 milhões presos em suas plataformas. Segundo Amaral, o processo de recuperação judicial concedida ao Grupo Bitcoin Banco está “claramente viciada processualmente”.
A falta da entrega das documentações exigidas por parte do GBB estaria agravando o “cenário inseguro para os seus credores”, segundo o magistrado. Além disso, a AXN Partners, a administradora do processo revelou divergências contábeis nos documentos da empresa. De acordo com a AXN, o GBB deixou de prestar informações importantes sobre a situação da empresa, além de repassar informações incorretas sobre o seu passivo total.
“A resistência à apresentação de documentos e informações consistentes e imprescindíveis é um óbice à atividade do administrador judicial e, dessa forma, insta manifesta a precipitação da decisão combatida ao conceder liminarmente a recuperação judicial do Grupo, visto que em nada se alterou a sua conduta com a modificação da conjura jurídica”, diz o magistrado.
Anteriormente, em relatórios preliminares, a AXN Partners havia divulgado que as dívidas do Grupo Bitcoin Banco chegava a R$ 507 milhões. As empresas de Claudio Oliveira acumulavam dívidas com prestadores de serviços, fornecedores, clientes e inclusive funcionários e ex-funcionários.