O recém lançado token do protocolo Optimism (OP) sofreu forte liquidação e desvalorização, o que poderá fazer com que os desenvolvedores “punam” investidores.
É seu, mas não pode vender
O provedor de soluções de segundo nível da rede Ethereum, o Optimism, colocou em votação a questão da exclusão de airdrops subsequentes de usuários envolvidos na queda do token do projeto OP.
O membro da comunidade do Optimism, “0xJohn”, apresentou uma proposta que entrou em votação depois que os detentores do OP começaram a vender imediatamente após a primeira distribuição (airdrop) de tokens entre os 249.000 endereços existentes.
De acordo com 0xJohn, “os usuários que venderam tokens OP após o airdrop devem ser desqualificados de todas as futuras distribuições de tokens gratuitos”.
O proponente disse que viu “carteiras suficientes coletando OPs e trocando-as por Uniswap” e que “essas contas não desempenham um papel construtivo na governança do Optimism”.
Segundo 0xJohn, não há nada de errado em maximizar os lucros, mas as atividades desses endereços são contraproducentes para os objetivos declarados do projeto.
Outro membro da comunidade listou quatro endereços que derrubaram todo o airdrop, com um deles convertendo 32.421 OPs em US$ 45.894.
0xJohn classificou estas carteiras como “puramente um auto-serviço em prejuízo do Optimism”.
Assim, ele propôs excluir essas contas de futuros lançamentos aéreos e disponibilizar publicamente uma lista de carteiras que se comportam dessa maneira.
Mais de 300 membros da comunidade Optimism já votaram a favor da proposta de 0xJohn.
O projeto iria realizar outra distribuição gratuita de tokens após o primeiro airdrop, mas no contexto dos eventos recentes a sua implementação agora está em dúvida.
Existe um tipo de ataque chamado de “sybil”, ao qual golpistas que recebem informações sobre airdrops criam carteiras na comunidade esperando coletar o maior número de tokens.
Os protocolos cripto costumam usar programas especiais para detectar esses padrões.
Inclusive o Optimism realizou uma operação para identificar os endereços envolvidos num possível ataque sybil e os removeu da lista de distribuição.
Mas aparentemente não previu que os próprios membros da comunidade pudessem “prejudicar” o protocolo.