Há um ano o site TechCrunch publicava sobre o plano do mensageiro de criar sua própria criptomoeda, desde então diversas notícias o precederam. De acordo com as fontes do site TechCrunch, a “Rede Aberta Telegram” (Telegram Open Network – TON) será uma nova blockchain com capacidades superiores, sendo chamada de blockchain de ‘terceira geração’. Isso graças a pavimentação do caminho já feito pelo Bitcoin e Ethereum. E nela será rodada a moeda do Telegram, a Gram.
Adotando uma criptomoeda própria o Telegram seria independente de qualquer instituição financeira ou governamental – algo que seu cofundador e CEO Pavel Durov provavelmente almeja, visto que seus investidores, a elite russa amiga de Putin, tomaram sua última empresa, a rede social Russa VK. Durov então comprou sua cidadania em São Cristóvão e Neves, desde então o bilionário vive dividindo seu tempo entre Londres, Dubai e quando possível a Rússia, onde não é bem vindo.
O potencial de adoção da moeda é enorme, podendo ser possível mandar dinheiro de forma segura e privada internacionalmente, tudo isso graças a criptografia fornecida pelo app.
De acordo com outro site, o CoinTelegraph, os dois pré ICOs da empresa levantaram cerca de 1.7 bilhões de dólares, sendo um dos maiores até hoje.
[…]Dois pré ICOs da empresa levantaram cerca de 1.7 bilhões de dólares, sendo um dos maiores até hoje.
Fontes do site TechCrunch dizem que Durov decidiu combinar uma infraestrutura centralizada com uma descentralizada, já que na visão dele uma rede descentralizada não escala tão rapidamente como uma com alguns elementos centralizadores, por isso o Telegram precisar ter sua própria rede blockchain.
De acordo com o white paper da moeda visto pelo TechCrunch, 4% das moedas (200 milhões de Grams) será reservado ao time de desenvolvimento do Telegram. A empresa reteria 52% das moedas para evitar um comércio especulativo e manter a flexibilidade. Os outros 44% seriam destinados ao público e vendas privadas.
As datas que temos são de que no primeiro trimestre de 2019 a economia baseada em TON pode ser lançada, já o restante dos serviços seguirá no segundo trimestre de 2019. Segundo as fontes do Cointelegraph as datas podem ser alteradas.
De acordo com o relatório do The Bell, uma rede de notícias russa, o time de desenvolvimento de Durov disse aos investidores que TON está 90% feita, mas atrasos são possíveis, devido à “natureza inovadora do desenvolvimento”.
[…]TON está 90% feita, mas atrasos são possíveis, devido à “natureza inovadora do desenvolvimento.
O mensageiro já é proibido no Irã e na Rússia, lugar de nascimento de Durov, desde Abril de 2018, oficialmente por conta de Durov se recusar a compartilhar as chaves de criptografia do aplicativo com as autoridades em conformidade com uma lei local de telecomunicações.