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Vai cair: 20% do hashrate do Bitcoin vai evaporar depois do halving

Por Luciano Rodrigues
Foto: Borroe Finance / Divulgação

O halving do Bitcoin, evento que reduzirá pela metade a emissão de novas unidades da criptomoeda, está a apenas 62 dias de ocorrer. Com a rentabilidade reduzida após o evento, vários equipamentos de mineração menos eficientes se tornarão inviáveis, resultando em uma queda de 20% no hashrate ou poder computacional da rede.

Segundo um relatório da Galaxy, entre 86 e 115 EH/s de hashrate do Bitcoin serão desconectados após o halving, representando entre 15% e 20% do hashrate total da rede. Além disso, a firma projeta que até 2024, o hashrate do Bitcoin esteja entre 675 EH/s e 725 EH/s, o que significaria um aumento de 28% a 37% em relação ao hashrate atual, que é de 528 EH/s.

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Quais equipamentos específicos se tornarão inviáveis? O relatório detalha que os modelos MicroBT Whatsminer da linha M20S e M32, os Antminer S17 e S9, e os Avalonminer A1066 e A1246 serão os afetados pelas novas condições após o halving.

A contribuição desse conjunto de ASIC para o hashrate do Bitcoin é de aproximadamente 98 EH/s, quase 20% do total da rede. Esta estimativa coincide com previsões de agosto de 2023, quando o preço do bitcoin ainda não ultrapassava os US$ 30.000.

No entanto, é provável que os mineradores que utilizam esses equipamentos mais antigos e ineficientes estejam aplicando firmware personalizado para melhorar sua eficiência e, assim, melhorar seu ponto de equilíbrio. Além disso, é provável que, em vez de certos modelos de ASIC saírem completamente da rede, eles simplesmente mudem de mãos para mineradores com custos de energia mais baixos.

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Sobre a metodologia utilizada para realizar o cálculo, o relatório descreve: “Calculamos o ponto de equilíbrio em USD/MWh de modelos populares de ASIC na rede, com base na economia estimada após o halving.” Isso implica que, se o preço do bitcoin subir, alguns mineradores menos eficientes poderão permanecer no mercado por mais tempo, já que as recompensas que recebem em BTC valerão mais em moeda fiduciária.

Bitcoin

O ano passado foi bastante positivo para os mineradores de Bitcoin, com o hashrate da rede registrando um aumento de 104% em 2023. Grande parte desse crescimento foi impulsionado pelas comissões pagas por usuários do protocolo Ordinals, que possibilita a emissão de tokens fungíveis e não fungíveis nativos do Bitcoin.

As comissões de transação totalizaram 23.445 BTC em 2023, quatro vezes mais do que em 2022, com 5.375 BTC em comissões. Dessas tarifas, 5.000 BTC foram provenientes de transações relacionadas ao protocolo Ordinals.

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Com relação aos custos, estes permaneceram estáveis ao longo do ano passado, especialmente nos Estados Unidos, destacando-se em contraste com a volatilidade observada em 2022, devido a eventos geopolíticos na Europa Oriental.

Além de explicar as perspectivas para os mineradores mais antigos, a Galaxy também se dedica aos equipamentos mais recentes e eficientes, capazes de operar de forma rentável mesmo com preços de hashrate muito baixos. Isso sugere que ainda há espaço para aumento do hashrate após o halving, mesmo se o preço do bitcoin não melhorar significativamente.

Com base em estudos citados no relatório da Galaxy, é esperado que o hashrate atinja até 694 EH/s – 849 EH/s até 2024, assumindo um preço mínimo de hashrate de US$ 0,035. Os ASIC que provavelmente serão predominantes sob essas condições incluem as máquinas das séries S21, T21, M60S, S19 XP e M50.

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No entanto, a principal limitação será a disponibilidade e a produção dessas novas gerações de máquinas, bem como o acesso ao capital para adquiri-las. Conclui-se que a nova geração de máquinas provavelmente não superará as séries S19 e M30 até 2025, de acordo com os cronogramas de entrega atuais.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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