O governo venezuelano anunciou uma nova política para o preço de combustível no país a partir de 1º de junho. A nova política retira o subsídio do valor da gasolina e propões valor reduzido para quem comprar com a criptomoeda do país, o Petro.
No entanto, os pagamento não poderão ser realizados por meio do Petro App, a carteira digital do Petro, apenas pelo o sistema de pagamento biométrico “Pátria”. O sistema Pátria foi foi desenvolvido pelo maior banco do país, porém não possui integração com a carteira da criptomoeda venezuelana.
Assim, com as novas políticas, os cidadãos venezuelanos proprietários de automóveis poderão usar 120 litros por mês a um custo de US$ 0,02 por litro. Isso equivale a dois tanques por mês por US$ 1,20 cada. Enquanto isso, motociclistas podem abastecer apenas 60 litros por mês.
Vale ressaltar que com a hiperinflação que o país enfrenta, o salário mínimo equivale a aproximadamente US$ 3,61, mais o vale alimentação de US$ 2,89. Desta forma, um trabalhador que recebe um salário mínimo tem que desembolsar mais de 33% de seu ordenado para encher o tanque.
Além disso, o valor reduzido também só estará disponível para os cidadãos que possuírem o controverso “Cartão Pátria”. O cartão serve como um documento de identificação e foi duramente criticado por alguns cidadão destacaram o caráter autoritário do sistema.
Para os cidadãos que não possuírem o documento, o valor do litro do combustível passa a ser US$ 0,50. Assim, um cidadão sem o Cartão Pátria que recebe um salário mínimo não poderá abastecer seu automóvel no país.