Após a prisão de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, a organização presenciou um fluxo constante de doações de Bitcoin para seu endereço. Embora as doações não tenham sido suficiente para libertar Assange, a organização recebeu uma quantidade significativa de Bitcoin, foram mais de 4050 BTC.
Embora a prisão do líder da organização sem fins lucrativos tenha impulsionado as doações de BTC, ela já aceitava doações em criptomoeda a muito tempo. De fato, a organização foi uma das primeiras a aceitar criptomoedas, quando abriram um endereço para doações em 2010.
Mas foi somente em abril de 2019 que as doações à ONG aceleraram, mesma época da prisão de Assange. Entretanto a cerca de uma semana a WikiLeaks mudou seu endereço principal de doações de Bitcoin, que possui cerca de US$ 39,4 milhões. Até o momento a organização já possui em seu novo endereço 6,12 BTC.
Inicialmente, o envolvimento da WikiLeaks com o Bitcoin preocupou Satoshi Nakamoto, que publicou em 11 de dezembro de 2010 no Bitcointalks que “teria sido bom chamar essa atenção em qualquer outro contexto. O WikiLeaks chutou o ninho de vespas e o enxame está vindo em nossa direção”. Contudo, à época o Bitcoin era muito pequeno para chamar a atenção dos reguladores.
Felizmente para Nakamoto, o fato da WikiLeaks ter sido uma das primeiras organizações a adotar a criptomoeda, nenhum dano foi causado à reputação do Bitcoin. De fato, os proprietários de BTC não foram perseguidos e o projeto não ficou sob os holofotes até anos mais tarde.