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O Evangelho de Satoshi Nakamoto – Cap. 22 vers. 6

Por Leonardo Broering Jahn

Bom dia povo!

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No versículo de hoje veremos a penúltima parte da obra “Measuring Value”. No de ontem vimos a quinta.

 

Ativos Intangíveis nas Demonstrações Financeiras

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Os ativos intangíveis – na forma de segredos comerciais, propriedade intelectual, marcas, recursos humanos e assim por diante – tornaram-se mais valiosos do que ativos tangíveis para muitas das empresas atuais. Nos negócios em geral e na contabilidade em particular, é comum usar o custo como uma medida substituta do valor. De fato, enquanto o valor econômico real de um ativo é o valor descontado dos fluxos de caixa futuros esperados, a maioria dos ativos recebe um valor baseado em seus custos, e não em seu fluxo de caixa futuro esperado.

Isso geralmente funciona porque (a) os custos são geralmente baseados em eventos verificáveis que podem ser assinados e auditados, enquanto previsões de fluxo de caixa são meras especulações sobre o futuro, (b) na maioria das condições, esperamos que os gestores tenham agido racionalmente, despendendo dinheiro somente onde eles esperam, em média, um eventual retorno maior, e (c) leitores qualificados de demonstrações financeiras aprenderam com a experiência quais jogos podem ser jogados pelos gestores (porque seus incentivos diferem de outros stakeholders) e a detectar sinais de que os gestores tenham agido irracionalmente (por exemplo, um maior ou menor investimento em ativos específicos).

Assim, os números contábeis para ativos tangíveis nunca foram considerados literalmente ou isoladamente por leitores habilidosos das demonstrações financeiras. De fato, a aparente concretude dos tangíveis pode ser bastante enganosa. Um leitor experiente sabe que a maioria dos números contábeis representa os custos e não o valor, e aplica seu conhecimento da indústria para determinar por si mesmos como o valor pode realmente ser estimado por esses custos. Por exemplo, um leitor ingênuo assumirá os ativos atuais pelo valor de face, enquanto um leitor qualificado procurará condições como crescimento anormal de estoque ou recebíveis. A função real de uma demonstração financeira é fornecer pistas para analistas com base em fatos bem verificados, e não fornecer respostas definitivas para aqueles que buscam avaliar uma empresa.

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Algumas objeções à inclusão de intangíveis no balanço patrimonial são inválidas. Por exemplo, argumenta-se que os intangíveis gerados internamente não podem ser valorizados porque não foram comprados no mercado. No entanto, esse também é frequentemente o caso de inventários e investimentos industriais exclusivos. Desenvolvemos métodos como identificação específica para valorizar ativos gerados internamente, e estes também podem ser aplicados a intangíveis gerados internamente. A alocação de custos comuns a vários ativos intangíveis (por exemplo, uma biblioteca de software usada em dois produtos de software diferentes) pode se basear na longa experiência na alocação de custos comuns a vários ativos tangíveis.

Outra objeção mais válida é que o valor real, no fluxo de caixa esperado, dos intangíveis é muito mais incerto do que para a maioria dos ativos físicos. Assim, o mapeamento do custo para o valor é muito mais incerto. Esse mapeamento pode ser feito com maior certeza apenas sobre um agregado de diversos investimentos. No entanto, existem certos tipos de ativos físicos cujo valor também é altamente incerto, mas recebem um valor baseado em custos. Gestores racionais descontaram seus investimentos originais para levar em conta tais riscos. O mesmo é verdadeiro para ativos intangíveis. Leitores qualificados de demonstrações financeiras sabem quando esperar alta incerteza. Muitas vezes, eles exigirão mais detalhes da administração sobre os investimentos específicos. Proporcionar maior detalhe onde os intangíveis estão envolvidos é altamente recomendável, um ponto a que retornarei abaixo.

Por outro lado, muitas medidas propostas de valor intangível não servem para fins de demonstrações contábeis ou financeiras. Por exemplo, várias medidas foram apresentadas supostamente relacionadas a fluxos de caixa esperados (por exemplo, medir acessos a sites, taxas de retenção de clientes etc. para tentar estimar o valor de uma marca). A única vez que o valor esperado, em vez do custo, é usado em um balanço patrimonial para tangíveis é quando o ativo pode ser atualmente precificado em um mercado eficiente, competitivo e público. (Por exemplo, os estoques de commodities negociados publicamente podem ser avaliados dessa maneira). Caso contrário, é muito melhor usar o custo, o evento real da despesa, e deixar que os leitores habilidosos da demonstração financeira interpretem esses números adequadamente.

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Assim terminamos este versículo. Amanhã a parte final da obra. Até, grande abraço!

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@leonardobjahn Natural de Florianópolis, SC 27 anos Evangelista Bitcoin Graduando Administração na UFSC Professor particular e tradutor de Inglês
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