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O Evangelho de Satoshi Nakamoto – Cap. 26 vers. 2

Por Leonardo Broering Jahn

Boa noite queridos!

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No versículo anterior, começamos a tradução de “The Geodesic Market”. Apresentamos o índice, hoje daremos início a primeira obra da série, chamada “Digital Bearer Settlement”.

 

Acordo de portador digital

Abril 1998

 

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Desde a invenção do telégrafo, a liquidação de transações financeiras tinha um problema: como você transaciona negócios à distância quando a maneira mais simples de executar, compensar e liquidar uma transação é com uma troca de certificados ao portador?

Nosso sistema atual de liquidação de transações denominadas ‘escritural’ (book-entry) foi inventado para lidar com os problemas causados pela execução remota de transações e a necessidade subseqüente de trocar fisicamente certificados de portador pela liquidação. Agora temos os meios para retornar ao acordo de portador “codificado digitalmente” com uma redução de custos de três ordens de magnitude.

Em breve, a era da liquidação escritural, nossa maneira de representar o dinheiro como compensação de débitos e créditos trocados entre as duas partes de uma troca por meio de uma hierarquia de intermediários confiáveis, acabará.

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Penso que o impacto social e econômico da nova alternativa para a liquidação escritural, o acordo de portador digital, será bastante grande, porque, na raiz dos protocolos de transação de entrada livre do status quo, está a necessidade de envolver governo e as regulações nos níveis mais íntimos. Essencialmente, “… e depois você vai para a cadeia” é a penúltima etapa de tratamento de erros em uma transação escritural.

Antigamente, antes da telegrafia, a maioria das transações financeiras era feita com o comércio de certificados ao portador, ou fichas (tokens), de uma forma ou de outra. Trocar dinheiro por um título ao portador seria um bom exemplo do século XIX. Até mesmo negociar formas de capital ao portador eram triviais e instantâneas: a oferta, a aceitação da oferta e a liquidação da transação ocorriam quase todas em uma única operação.

Com o advento da telegrafia e, eventualmente, da telefonia, foi possível fazer a oferta e aceitar a oferta à distância, mas a liquidação tinha de que esperar até que os certificados de portador fossem fisicamente realocados, às vezes por longas distâncias e depois trocados. Afinal, você não poderia enviá-los por um fio.

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A solução era transferir todos os certificados para um local confiável central, chamado de câmara de compensação (clearinghouse), e para os parceiros trocarem débitos e créditos entre eles e a câmara de compensação. É bastante aparente que ter os certificados fisicamente trancados no cofre da câmara de compensação se torna supérfluo em tal esquema, porque o que realmente importa é a arbitragem imparcial da câmara de compensação no caso de uma disputa de transação. Todos, exceto por uma coisa. Se alguém mentir ou renegar uma transação escritural, não há muito que as outras duas partes possam fazer, exceto impedi-lo de negociar, o que obviamente funciona em certificados ao portador, mas não tão bem na liquidação escritural.

Então, precisamos de várias coisas para lidar com o não-repúdio na liquidação escritural. Primeiro, precisamos determinar quem fez fisicamente a entrada no livro para encontrá-los e enviá-los para a cadeia por fraude, se necessário. Isso porque as entradas do livro são inerentemente instáveis, inseguras, dígitos em um banco de dados em algum lugar. Muitas pessoas na Ásia estão familiarizadas com os negociantes de commodities e derivativos que foram capazes de esconder entradas de livros fraudulentas por períodos de tempo suficientemente longos para derrubar suas respectivas firmas, por exemplo. Na criptografia, chamamos isso de problema de autenticação.

Assim, além da autenticação das próprias entradas do livro, precisamos proteger os links entre vários gráficos de contas de banco de dados, primeiro autenticando os usuários desses links eletrônicos, originalmente com senhas, depois com chaves e assinaturas criptográficas e agora com alguma combinação de biometria (impressões digitais ou de retina, digamos) e assinaturas digitais. E, segundo, criptografando os próprios links para que ninguém possa ver o que eles são, mesmo que eles não possam alterar os dados autenticados sem que alguém perceba.

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Desculpem a explicação prolixa, mas é uma coisa prolixa, como a maioria das pessoas que compensam negócios na rede lhe dirão. De qualquer forma, para todos os efeitos, você agora sabe tudo o que há para saber sobre as entranhas do comércio eletrônico na Internet. Quando você digita o número do seu cartão de crédito em uma página da Web segura, praticamente todos os itens acima acontecem, mais, ou menos a varredura da retina.  

No entanto, todas essas coisas sobre mover entradas de livros por canais criptografados na internet, incluindo o tão anunciado protocolo SET para cartões de crédito, são muito “shovelwares”¹ financeiros.

 

¹ [notam minha] Shovelware é um jargão de computação pejorativo que refere-se a pacotes de software mais notáveis pela sua quantidade do que sua qualidade ou utilidade do que está incluído.

 

Terminamos este versículo. No versículo de amanhã daremos fim à primeira obra da série. Ricas bençãos!

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@leonardobjahn Natural de Florianópolis, SC 27 anos Evangelista Bitcoin Graduando Administração na UFSC Professor particular e tradutor de Inglês
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