Boa tarde irmãos!
No versículo anterior, iniciamos a tradução de “Como garantir uma security de portador digital”, terceira obra da série “The Geodesic Market”. Continuando então:
Segurador/Subscritor
O underwriter [segurador, subscritor] emite certificados de portador digital e é fiduciariamente responsável por trocá-los por outras formas de dinheiro, novamente, uma alteração no saldo da conta bancária, mantida por um custodiante em uma conta de reserva. Algum dia, é claro, os ativos de reserva garantindo uma emissão de caixa digital poderiam ser algum outro ativo de portador digital.
A segunda coisa mais importante que um segurador faz é verificar, em cada transação, que um dado certificado de dinheiro ao portador digital não foi gasto duas vezes, ou seja, copiado por alguém e gasto novamente. Depois disso, o segurador emite um novo certificado de assinatura cega para a pessoa que aceita o pagamento em dinheiro. Se a troca falhar a qualquer momento, o mesmo acontece com a transação, e a pessoa que oferece o dinheiro é impedida de gastá-lo duas vezes, evitando assim o repúdio da transação no momento da execução. Cheques, cartões de crédito ou qualquer transação escritural não oferecem essa segurança. Mesmo com a validação online de fraudes, o comerciante ainda corre o risco de cheques cancelados ou estornos.
Finalmente, a coisa mais importante que um subscritor faz é comercializar seus certificados para o mundo. O que, se você olhar para um subscritor no mercado de capitais, é exatamente o que eles fazem para transações primárias e secundárias, e é por isso que uso esse rótulo aqui.
A mint (casa da moeda) de dinheiro digital original da DigiCash no Mark Twain Bank era uma máquina 486 usada, apenas para dar um exemplo do custo de hardware de ser um subscritor. Eventualmente, a subscrição pode ser automatizada até o ponto de manejo do processador da mesma maneira que uma pessoa tende a uma fazenda de servidores ou de roteadores hoje, mas sempre deve ser feita por uma entidade financeira separada que não seja o trustee [depositário, agente fiduciário].
Custodiante/Agente fiduciário
Um fiduciário, ou custodiante, detém o dinheiro que reserva uma emissão de dinheiro digital, em nome dos detentores de certificados de caixa, em uma conta bancária, embora algum dia os ativos de reserva possam ser mantidos sob a forma de certificados de portador sob o controle do fiduciário. Como fiduciários de títulos ou custodiantes de fundos mútuos, o fiduciário opera segundo um acordo, como uma debênture de fiança, entre o subscritor e os titulares de certificado. Este acordo poderia especificar taxas e, mais importante no processo de adoção antecipada, proporções de reserva.
Assim, enquanto o subscritor é o intermediário financeiro direto, e mantém os juros que se acumulam na conta de reserva, o fiduciário arrisca sua reputação ao manter as reservas, é compensado por isso, e controla esse risco garantindo que o acordo de reserva seja cumprido.
Simplificando, não há como obter a permutabilidade dos títulos digitais ao portador em ativos escriturais sem um banco fiduciário / custodial genuíno e totalmente regulamentado, o que, na minha opinião, é o motivo pelo qual não temos hoje acordos de portador digital de internet.
Os detentores da patente de assinatura cega e outros inventores do protocolo têm dificuldade em entender isso. DigiCash, como exemplo canônico, só licenciará sua patente para um único banco em um único país, e não para qualquer outro, forçando o administrador e o subscritor a serem a mesma entidade, criando uma rede muito frágil e pouco robusta de entidades financeiras. O resultado foi uma falha de mercado, na maior parte. Ter um sistema de mercado competitivo, muito-para-muitos, subscritor/fiduciário, resolve esse problema completamente, como veremos em breve.
Terminada então a segunda parte dessa obra, No próximo versículo a terceira. Até amanhã, ricas bençãos!
