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Aperto regulatório ajudou o Bitcoin e prejudicou o restante do mercado de criptoativos em junho, diz relatório

Por Jorge Siufi
Foto: Pixabay

A empresa de investimentos, VanEck, emitiu um relatório onde abordou possíveis criptoativos aos quais poderá ter posição de investimentos no futuro, e também falou sobre o aperto regulatório ao mercado que ajudou o Bitcoin, mas prejudicou demais setores dos criptoativos.

O relatório escrito pelo chefe de pesquisa de ativos digitais da VanEck, Mateus Sigel, aborda diversos assuntos, dentre eles as problemáticas regulatórias, além de parâmetros e dados de 25 criptoativos aos quais supostamente a empresa esteja interessada em constituir novos tipos de investimentos.

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De acordo com o pesquisador, o Bitcoin superou diversos tipos ou setores de investimentos criptográficos no mês de junho, e este rendimento foi embasado basicamente por dois motivos que envolvem processos regulatórios.

Aperto regulatório ajudou o Bitcoin e prejudicou demais criptoativos

Uma das principais empresas norte-americanas de investimentos tradicionais e que vem cada vez mais se interessando em produtos do mercado de criptoativos, a VanEck, divulgou um vasto relatório onde abordou possíveis motivos para a alta do Bitcoin e para a depreciação de outros setores do mercado cripto no mês de junho.

De acordo com o relatório, ‘a dispersão dos preços dos ativos digitais atingiu níveis extremos em junho, quando o Bitcoin ganhou 12%, enquanto todos os setores criptográficos que rastreamos caíram no mês’.

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De fato, o Bitcoin cresceu perante os demais criptoativos durante o mês de junho tanto que voltou a abranger mais de 50% da capitalização total de mercado cripto. E o principal motivo que causou esta divergência de desempenho está relacionado à regulação do mercado em todo o mundo, com ênfase nos EUA.

Para o chefe de pesquisas em ativos digitais da VanEck, dois foram os principais fatores que moldaram o desempenho dos criptoativos no mês de junho, e ambos dizem respeito às condições regulatórias.

Primeiro foi a divulgação da ‘Proposta de Estrutura de Mercado de Ativos Digitais’ lançada em 02 de junho pelo presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Patrick McHenry. A proposta visa estabelecer diretrizes claras para que as criptomoedas sejam classificadas como um título ou mercadoria.

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Ademais, como segundo motivo, vieram os processos impetrados pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA, no dia 05 de junho contra a exchange Binance e no dia 06 contra a exchange Coinbase.

As acusações da entidade regulatória alegaram que as exchanges de criptoativos operavam como ‘bolsas e corretoras de valores mobiliários nacionais não registradas’. No mais, alegou que a Binance ‘misturou ativos de clientes’.

Com isto a SEC elencou alguns criptoativos como sendo ‘títulos patrimoniais’, o que resultou em grande depreciação do mercado como um todo, em especial dos criptoativos listados pela SEC no processo.

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Segundo Sigel, estes fatores foram preponderantes para o desempenho do Bitcoin ter sido superior ao das demais altcoins. Vale lembrar que perante ao primeiro motivo, o da ‘Proposta de Estrutura de Mercado de Ativos Digitais’, o presidente da SEC, Gary Gensler, já pontuou que praticamente todos os criptoativos, salvo o Bitcoin, são centralizados e representados por empresas, sendo assim passíveis de serem classificados como títulos ou valores mobiliários.

Com isto as empresas do mercado tradicional voltaram sua atenção ao Bitcoin uma vez que criou-se uma brecha regulatória para o investimento com a criptomoeda, em contraposição ao receio de investimentos com demais criptoativos uma vez que as empresas poderiam ser processadas, assim como aconteceu com a Ripple, Gemini, Tron, Coinbase, Paxos e Binance, entre tantas outras.

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Redator da Revista Bitnotícias
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