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Governo ordena suspensão imediata de pagamentos por íris da Worldcoin no Brasil

Foto: Dall-e 3
  • ANPD suspende pagamentos da Worldcoin por coleta de íris no Brasil.
  • Worldcoin pausa operações após veto da ANPD sobre biometria.
  • Projeto enfrenta restrições globais por riscos à privacidade

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou nesta terça, 11, que a Worldcoin suspenda imediatamente os pagamentos pela coleta de íris no Brasil.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União, confirmando a negativa ao recurso apresentado pela Tools For Humanity (TFH), empresa responsável pelo projeto World ID.

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A TFH havia solicitado um prazo adicional de 45 dias para ajustar seu aplicativo e encerrar a oferta de recompensas financeiras. No entanto, a ANPD negou o pedido, argumentando que a suspensão poderia ocorrer de outras formas, como o adiamento de novos agendamentos.

A diretora Miriam Wimmer, relatora do caso, enfatizou que a compensação financeira pode influenciar indevidamente a decisão dos usuários. Segundo ela, muitas pessoas aceitam a coleta de sua íris por necessidade financeira, sem avaliar os riscos e a real finalidade do processo.

Worldcoin no Brasil
Imagem: Gov.br

Worldcoin suspensa no Brasil

Diante da decisão, a Worldcoin anunciou a paralisação voluntária das operações no Brasil. Em nota, a empresa informou que precisará de tempo para cumprir a determinação da ANPD. “Estamos voluntariamente e temporariamente pausando o serviço de verificações, mas os espaços físicos da Worldcoin permanecerão abertos para fornecer informações ao público”, declarou a empresa.

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A TFH tem 10 dias úteis para apresentar uma declaração oficial assinada por um representante legal, comprovando o fim dos pagamentos. Além disso, as exigências estabelecidas pela Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD continuam válidas.

O projeto Worldcoin, fundado por Sam Altman, CEO da OpenAI, enfrenta restrições em diversos países devido a preocupações com privacidade e proteção de dados biométricos. Espanha, Alemanha e Portugal já determinaram a exclusão de todos os registros de íris coletados pela empresa.

A TFH, emissora da criptomoeda Worldcoin (WLD), realiza o escaneamento da íris ocular dos voluntários para criar uma identidade única e inviolável. Como incentivo, a empresa paga 25 WLD por usuário no registro e, ao longo de um ano, os depósitos acumulam 48,5 WLD.

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A Worldcoin retomou suas atividades no Brasil no final de 2024, mas agora enfrenta novas barreiras regulatórias, colocando em risco a continuidade do projeto no país.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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