A exchange de bitcoin (BTC) e criptomoedas Poloniex foi multada em US$ 7,5 milhões pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por violar as sanções impostas contra Cuba e outros países rivais, incluindo Crimeia, Irã, Sudão e Síria.
Conforme comunicado publicado em 1º de maio pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC) do Tesouro norte-americano, a Poloniex concordou em pagar um total de US$ 7.591.630 para “resolver sua possível responsabilidade civil por aparentes violações das sanções” contra os governos mencionados.
A agência determinou que a exchange, com sede em Seychelles, permitiu que clientes desses países realizassem mais de 60.000 transações de criptomoedas entre janeiro de 2014 e novembro de 2019.
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Embora a Poloniex pudesse ter sido multada em até US$ 99 milhões, a OFAC considerou que as violações não eram “ultrajantes” e fixou a multa em US$ 7,5 milhões.
A agência aponta que a exchange incorreu em milhares de violações dos decretos sancionadores contra as nações mencionadas, sendo 3.784 possíveis violações de sanções apenas no caso cubano.
Cuba
De acordo com a OFAC, a Poloniex processou 65.942 depósitos e saques no valor total de US$ 15.335.349 entre 2014 e 2019, beneficiando 232 pessoas localizadas na Crimeia, Cuba, Irã, Sudão e Síria.
A agência acusa a exchange de prejudicar a integridade do programa de sanções da OFAC, apesar de ter conhecimento da localização dos usuários com base em informações do protocolo know-your-customer (KYC) e dados de endereço do Internet Protocol (IP).
Cuba, onde o uso de criptomoedas é totalmente legal e regulamentado pelo Banco Central, é um dos países onde o ecossistema Bitcoin tem penetrado entre as pessoas que desejam proteger seu dinheiro.
As operações da Poloniex, uma das exchanges de bitcoin e criptomoedas mais antigas do mercado, estariam enquadradas na legalidade cubana.
No entanto, os Estados Unidos mantêm sanções contra Cuba há décadas, impedindo os usuários de acessar serviços financeiros oferecidos por exchanges como a Poloniex.
Essa multa destaca os desafios enfrentados pelas exchanges de criptomoedas que buscam operar globalmente, ao mesmo tempo em que devem cumprir as regulamentações e sanções estabelecidas pelos governos.