A EXM Partners, empresa de consultoria especializada em recuperação empresarial, apresentou um relatório inicial sobre a Recuperação Judicial do Grupo Bitcoin Banco. No final de 2019, o GBB entrou com um pedido de Recuperação Judicial, afirmando que esse era “único meio para permitir o reequilíbrio das empresas”. Segundo o relatório entrega à 1º Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, a empresa deve R$ 507 milhões a quase 6.500 credores.
De acordo com o relatório, cerca de 90% dos credores do Grupo Bitcoin Banco são investidores com fundos presos nas plataformas Negocie Coins e TemBTC. De fato, desde maio passado, o conglomerado de empresas comandado por Claudio Oliveira congelou saques para clientes.
Entre os credores empresariais do grupo está o escritório de advocacia Nelson Wilians & Advogados Associados. O escritório advocatício com sede em São Paulo, tem para receber do GBB R$ 1,8 milhões. O escritório de Nelson Wilians representou o grupo no ano passado, mas eventualmente rescindiu contrato com a empresa.
Além disso, o grupo acumula dívidas com funcionários e ex-funcionários. O grupo que já contou com mais de 200 colaboradores, hoje possui apenas 30 funcionários, conforme o relatório. Entre colaboradores ativos e dispensados, o grupo possui uma dívida de R$ 1,1 milhão.
O relatório da EXN, também revelou divergências contábeis nos documentos da empresa. De acordo com o documento, o GBB deixou de prestar informações importantes sobre a situação da empresa, além de repassar informações incorretas sobre o seu passivo total.
Recentemente, o Grupo Bitcoin Banco lançou sua nova plataforma de negociação P2p de criptomoedas, a Zater Capital. Em conformidade com o plano de Recuperação Judicial, a Zater Capital irá atuar intermediando negociações de criptomoedas sem custodiar os criptoativos.