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Iniciativa na Alemanha usa energia solar e eólica para minerar Bitcoin

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

A gigante de telecomunicações alemã Deutsche Telekom e o tradicional Bankhaus Metzler uniram forças em um projeto inovador: uma infraestrutura de mineração de Bitcoin movida a energia renovável excedente. Com esse piloto, as empresas pretendem usar eletricidade excedente que, de outra forma, seria desperdiçada devido às limitações da rede e à falta de opções de armazenamento.

O projeto piloto, anunciado em 4 de novembro, busca lidar com o desafio do excesso de produção de energia renovável, que ocorre de forma irregular conforme as condições climáticas. Em países como Estados Unidos e Finlândia, essa técnica já se mostrou eficiente para equilibrar a oferta e a demanda de energia. Agora, a Deutsche Telekom pretende replicar esses resultados na Alemanha.

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As operações de mineração estão localizadas nas instalações da Riva GmbH Engineering, em Backnang, e estão sob a gestão da Metis Solutions GmbH. A Riva Engineering, fabricante de estruturas metálicas e de vidro, gera sua própria eletricidade por meio de um sistema fotovoltaico.

A Telekom MMS, braço de soluções digitais da Deutsche Telekom, é responsável pela operação dos dispositivos de mineração. Enquanto isso, o Bankhaus Metzler supervisiona a execução dos testes e analisa os dados coletados. Além disso, explora o potencial de serviços financeiros com ativos digitais.

Mineração de Bitcoin com energia renovável

De acordo com Oliver Nyderle, responsável pelo setor de Infraestrutura Web3 e Confiança Digital na Telekom MMS, o projeto oferece uma oportunidade de avaliar o impacto regulador da mineração de Bitcoin na rede elétrica. Ele definiu o processo como uma espécie de “fotossíntese monetária digital”, onde se converte o excesso de energia em valores digitais.

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Já Hendrik König, chefe do Escritório de Ativos Digitais do Bankhaus Metzler, enfatizou o valor da experiência em aplicações práticas de blockchain. Conforme destacou König, o projeto visa fortalecer o uso da tecnologia blockchain na Alemanha. O banco, que inaugurou seu Escritório de Ativos Digitais em 2022, concentra-se exclusivamente em desenvolver soluções no ecossistema de blockchain e ativos digitais.

Com um histórico de suporte a protocolos descentralizados no setor Web3, incluindo redes como Chainlink, Fetch.ai e Polygon, a Telekom MMS ampliou seu portfólio em 2023 ao operar um nó de Bitcoin pela primeira vez, marcando sua estreia em redes de prova de trabalho.

Esse projeto-piloto visa fornecer dados que poderão impulsionar iniciativas futuras a im de estabilizar a rede elétrica em momentos de variação. A tecnologia é uma possível solução para o uso de energia excedente de fontes como a eólica e fotovoltaica.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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