Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou recentemente que sua empresa está avançando no desenvolvimento de interfaces neurais para consumidores, que não são invasivas e capazes de interpretar sinais cerebrais para controlar computadores.
Diferentemente dos chips cerebrais, como o proposto por Elon Musk com a Neuralink, os dispositivos da Meta serão vestíveis, possivelmente usados no pulso, capazes de ler sinais neurais que o cérebro envia através dos nervos para as mãos.
Meta começou a discutir o desenvolvimento da ‘interação baseada no pulso’ em março de 2021 como parte da pesquisa do Facebook Reality Labs. Os comentários mais recentes vieram durante uma entrevista em 18 de abril entre o cofundador do Facebook e empresário de tecnologia e o YouTuber Roberto Nickson.
Este desenvolvimento visa facilitar a interação com dispositivos digitais de forma mais natural e intuitiva.
Aplicações práticas e desenvolvimento tecnológico
A principal aplicação inicial dessa tecnologia será em óculos de realidade aumentada, mas o potencial se estende a uma variedade de outros dispositivos digitais.
Utilizando a tecnologia de eletromiografia (EMG), o dispositivo vestível da Meta será capaz de traduzir sinais cerebrais sobre gestos desejados das mãos em comandos para controlar esses dispositivos.
Esta abordagem promete superar as limitações dos sistemas de rastreamento de gestos baseados em câmera, utilizando inteligência artificial para uma experiência de usuário aprimorada.
Implicações para privacidade e futuro da tecnologia
Com o avanço dessas tecnologias, surgem também preocupações significativas sobre privacidade, especialmente em relação aos dados neurais, que são extremamente sensíveis.
Nos Estados Unidos, a Lei de Proteção à Privacidade de Dados Biológicos, que expande a definição de ‘dados confidenciais’ para abranger dados biológicos e neurais, foi aprovada no Colorado esta semana, de acordo com relatórios.
À medida que a Meta se aproxima do lançamento desses dispositivos inovadores, tanto o potencial transformador quanto os desafios éticos e de privacidade continuarão a ser tópicos importantes de discussão e regulação no cenário tecnológico global.