Airdrops estão morrendo? 2026 marca a virada com menos tokens grátis e mais ICOs

Airdrops estão morrendo? 2026 marca a virada com menos tokens grátis e mais ICOs
  • Airdrops tradicionais perdem espaço diante de ataques Sybil e novas exigências de uso real.
  • Modelo “use para ganhar” ganha força, com recompensas ligadas a volume e taxas pagas.
  • Retorno dos ICOs reduz a quantidade e o tamanho dos airdrops.

Os airdrops em cripto estão passando por uma transformação estrutural.

Em 2026, eles tendem a ser mais seletivos, menores e diretamente ligados ao uso efetivo dos protocolos, enquanto os ICOs voltam a ganhar protagonismo.

O fim dos airdrops fáceis

Durante anos, testar um protocolo DeFi bastava para receber tokens valiosos. Entretanto, esse modelo se mostrou vulnerável, ataques Sybil exploraram critérios superficiais e drenaram distribuições inteiras.

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Por isso, projetos passaram a vincular airdrops a métricas claras, volume negociado, depósitos e taxas pagas se tornaram fatores decisivos. Quanto maior o uso real, maior a possível recompensa.

O exemplo mais marcante veio da Hyperliquid, em novembro de 2024, a DEX de futuros perpétuos distribuiu tokens com base em um sistema de pontos. O resultado foi imediato. O modelo foi copiado por vários concorrentes.

Além disso, até projetos fora do DeFi clássico seguiram o caminho. A Polymarket, por exemplo, estuda um airdrop inspirado nesse formato.

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ICOs voltam ao centro do jogo

Enquanto os airdrops se tornam mais restritivos, os ICOs retornam com força. Após o cerco regulatório de 2018, o cenário mudou sob o governo Donald Trump, mais favorável ao setor cripto.

Em 2025, Coinbase e Kraken investiram em infraestrutura para vendas de tokens. Com isso, os ICOs voltaram ao radar de projetos e investidores.

A lógica é simples, airdrops atraem vendedores. ICOs atraem compradores. Como resumiu Matt O’Connor, cofundador da Legion:

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“Um airdrop atrai quem quer vender seu token, enquanto um ICO atrai quem quer comprar.”

Por isso, muitos projetos podem abandonar totalmente os airdrops. Outros devem reduzir drasticamente as alocações gratuitas.

Casos recentes reforçam essa tendência. Plasma e MegaETH registraram forte demanda em ICOs iniciais. Já a Monad enfrentou críticas após distribuir poucos tokens em um airdrop antes de levantar US$ 188 milhões.

Confiança em queda e novos riscos

Além da concorrência dos ICOs, a confiança nos airdrops diminuiu. Em novembro, a Apriori teve cerca de 80% dos tokens da BNB Chain concentrados em um único cluster de 5.800 carteiras.

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O episódio levantou suspeitas de uso de informação privilegiada, situação semelhante ocorreu no ICO da Edel Finance, onde bots ligados ao projeto compraram mais de 30% da oferta.

Entretanto, há um contraponto relevante, plataformas consolidadas tendem a impor critérios mais rígidos. Coinbase e Kraken, por exemplo, têm reputação a zelar e devem filtrar projetos com mais cuidado.

Portanto, embora riscos persistam, o ambiente pode se tornar mais equilibrado para investidores.

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A tendência é clara, em 2026, os airdrops não desaparecem, mas deixam de ser fáceis e abundantes. Eles passam a premiar usuários reais, enquanto os ICOs retomam o papel central no lançamento de novos tokens.

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Adepto do DeFi e convertido à descentralização, deixei o sistema financeiro tradicional para viver a revolução cripto de dentro. Respirando blockchain, escrevendo sobre o que move o futuro — longe dos bancos, perto da liberdade.
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