- Ethereum batiza a atualização pós-Glamsterdam de Hegota, prevista para o segundo semestre de 2026.
- A EIP principal será escolhida em fevereiro, indicando que o upgrade ainda está em fase inicial.
- O plano reforça o ritmo semestral de atualizações, iniciado após Pectra e Fusaka em 2025.
Desenvolvedores do Ethereum oficializaram o nome Hegota para a atualização que sucederá Glamsterdam.
A decisão avança a organização do roteiro técnico da rede previsto para 2026.
O que é Hegota e por que o nome importa
A decisão ocorreu na última reunião All Core Developers Execution (ACDE) de 2025. Portanto, o encontro encerrou o ano com diretrizes mais claras para o próximo ciclo, as reuniões técnicas retornam em 5 de janeiro, com foco na definição final do escopo de Glamsterdam.
Entretanto, Hegota ainda não possui um destaque técnico definido, segundo os desenvolvedores, a escolha da EIP principal acontecerá em fevereiro. Assim, o upgrade permanece em estágio inicial, sem mudanças consolidadas.
Ritmo semestral e prioridades técnicas para 2026
Com Pectra e Fusaka entregues em 2025, o Ethereum consolidou o ritmo semestral de atualizações. Por isso, os upgrades tendem a ser mais previsíveis, menores e menos disruptivos.
Nesse cenário, Glamsterdam deve ocorrer no primeiro semestre de 2026, já Hegota ficaria para a segunda metade do ano. Além disso, propostas adiadas podem migrar de um ciclo para o outro.
Entre os temas mais citados aparecem as Verkle Trees, elas representam um passo importante rumo a clientes mais leves e quase sem estado. Entretanto, até agora, os desenvolvedores não tomaram nenhuma decisão formal.
Ao mesmo tempo, crescem os debates sobre expiração de estado e histórico. Essas discussões ganharam força após alertas recentes da Ethereum Foundation.
O time de Stateless Consensus afirmou que o “state bloat está se tornando um fardo crescente para operadores de nós”.
Glamsterdam, descentralização e o longo roteiro do Ethereum
Enquanto isso, os desenvolvedores seguem refinando Glamsterdam. As propostas incluem ePBS, listas de acesso por bloco e ajustes no gas. O objetivo, portanto, é reduzir riscos de centralização e melhorar a eficiência da camada base.
Mudanças mais complexas, como a redução do tempo de slot, ficaram para ciclos futuros. Assim, Hegota pode herdar parte dessas ideias mais ambiciosas.
Em um panorama mais amplo, Hegota se conecta às fases estruturais do Ethereum. Após The Merge, a rede avança por Surge, Verge, Purge e Splurge. Nesse sentido, uma eventual adoção de Verkle Trees se alinha diretamente à fase Verge, focada em statelessness.
Conclusão
A definição do nome Hegota reforça a maturidade do processo evolutivo do Ethereum.
Com ciclos mais previsíveis, o foco se desloca para eficiência, descentralização e sustentabilidade. Portanto, 2026 tende a se tornar um ano decisivo para preparar a rede para uma adoção em escala global.
