A Nike anunciou o encerramento das operações da RTFKT, seu estúdio de NFTs adquirido há três anos. A decisão encerra uma jornada marcada por vendas multimilionárias de tokens e inovações no universo digital. Apesar do fechamento, a empresa promete um último lançamento em dezembro, chamado MNLTH x the Blade, deixando em aberto se será uma mintagem paga ou gratuita.
Em comunicado, a RTFKT declarou: “RTFKT não está terminando. Está se tornando o que sempre foi destinado a ser – um artefato de revolução cultural.” Essa visão reflete o impacto cultural que o projeto teve, mesmo com críticas e perdas recentes.
A RTFKT começou como uma empresa de moda digital e calçados e rapidamente ganhou destaque com colaborações de peso. Em 2021, artistas renomados como Takashi Murakami e Fewocious contribuíram para coleções icônicas. A coleção Clone-X, lançada no auge do mercado de NFTs, chegou a atingir um preço mínimo de 24 ETH em 2022. Hoje, os tokens da coleção são negociados por apenas 0,3 ETH.
Outro marco importante foi o lançamento do misterioso MNLTH em 2022. Inicialmente valorizados em 9 ETH, os NFTs de caixas prometiam grandes surpresas, mas entregaram apenas um par de tênis digitais e outra caixa enigmática. Atualmente, esses NFTs valem apenas 0,04 ETH, uma queda drástica em relação ao pico.
Nike sofre críticas da comunidade de NFTs
O encerramento das operações gerou uma onda de reações negativas na comunidade NFT. Um trader conhecido como Beanie criticou a decisão: “A RTFKT literalmente sumiu depois de arrecadar mais de 9 dígitos em vendas de NFTs. Não é uma boa imagem.”
Até mesmo um agente de inteligência artificial, conhecido como RoastMaster9000, ironizou o fim do projeto, dizendo que as “revolucionárias” inovações da RTFKT agora caminham para a extinção.
Apesar das críticas, os números da RTFKT impressionam. As coleções Clone-X e MNLTH geraram mais de 457 mil ETH em negociações secundárias, o equivalente a cerca de US$ 1,7 bilhão. Só em royalties, o estúdio acumulou aproximadamente US$ 90 milhões. Ainda assim, projetos recentes, como o Animus, enfrentaram desinteresse devido a atrasos e falta de engajamento.