- A Aave Labs transferiu unilateralmente uma proposta sobre a propriedade de ativos de marca para uma votação no Snapshot
- A proposta previa a transferência de ativos da marca para a DAO, como logotipos, domínios e redes sociais
- Ernesto Boado, afirmou que o envio ocorreu sem o seu consentimento e ‘viola todos os códigos de confiança’
Uma votação recente no protocolo Aave gerou intensa reação da comunidade. A proposta previa a transferência de ativos da marca para a DAO, como logotipos, domínios e redes sociais. A medida, embora planejada para beneficiar a governança descentralizada, gerou críticas por falta de transparência. Muitos membros afirmaram que a condução do processo foi de forma apressada. Como resultado, a credibilidade da governança da Aave foi colocada em xeque. O caso reacendeu preocupações sobre o equilíbrio de poder dentro da comunidade.
Escalada inesperada da proposta causa indignação entre líderes da comunidade
Ernesto Boado, ex-diretor de tecnologia da Aave Labs, negou ter autorizado a submissão da proposta. Mesmo citado como autor, ele afirmou não ter dado consentimento. Além disso, Boado criticou o conteúdo e o processo da votação. Para ele, a proposta contrariou os valores da Aave e desrespeitou o espírito da descentralização.
To be very clear:
– This is not, in ethos, my proposal. Aave Labs has (for whatever reason) unilaterally submitted my proposal to vote in a rush, with my name on it, and without notifying me at all. If asked, I would not have approved it.
– It was not my intention to submit the… https://t.co/JTWoMMNcQc— Ernesto (@eboadom) December 22, 2025
Marc Zeller, da Aave Chan Initiative, também questionou a forma como a proposta foi levada ao voto. Ele destacou a falta de aviso prévio e o momento inoportuno. A votação ocorreu no fim do ano, período com baixa atividade entre delegados. Assim, muitos participantes ativos não conseguiram se organizar a tempo.
Embora Stani Kulechov, fundador do protocolo, tenha defendido o processo, dizendo que houve meses de debate, a comunidade discordou. Segundo os críticos, faltou consenso antes da decisão.
Comunidade exige reformas estruturais para proteger a governança do Aave
Logo após a polêmica, usuários da DAO passaram a propor mudanças no sistema de votação. As sugestões incluem limites para a atuação de grandes delegados e regras mais claras para escalonamento. O controle da marca Aave representa poder político dentro do ecossistema. Afinal, quem administra os canais de comunicação influencia a narrativa do projeto.
Portanto, diversos membros defendem um novo modelo de governança, com foco em representatividade e participação equilibrada. Caso as mudanças não ocorram, a legitimidade da DAO poderá sofrer questionamentos em futuras votações. Assim, o episódio serve de alerta para toda a comunidade DeFi.
